Primeiro single do álbum “A Day at the Races” (1976), “Somebody to Love” é uma canção um tanto quanto peculiar no repertório do Queen. Seguindo com as experimentações iniciadas na parte operística de “Bohemian Rhapsody”, a música evoca influências de soul e gospel, levando as combinações vocais a outro nível.
Não à toa, se tornou um grande sucesso, chegando ao segundo lugar na parada britânica. Chamou atenção até mesmo de pessoas que não eram fãs do trabalho do grupo até aquele momento. Seu maior fã estava dentro do próprio quarteto.
Quem garante é Peter Hince, que trabalhou como roadie da banda e escreveu o livro “Queen Uncovered: Unseen Photographs, Rarities and Insights From Life With A Rock ‘n’ Roll Band”. A obra será publicada no próximo dia 17 de outubro. Em entrevista à Greatest Hits Radio, transcrita pelo NME, ele recordou:
“Freddie Mercury realmente disse que ‘Somebody To Love’ era uma composição melhor do que ‘Bohemian Rhapsody’. Ele sentia que, como pura composição, ela era melhor.”
Freddie Mercury e Aretha Franklin
Na série de vídeos Queen Greatest, publicada desde 2022, o guitarrista Brian May revelou a cantora que influenciou a criação da faixa.
“Freddie queria ser Aretha Franklin. Isso explica tudo. Ele a amava. Esta música era seu épico. Ampliamos os passos dados em ‘Bohemian Rhapsody’. A diferença é que, ao invés de um típico coral inglês, buscamos influência no gospel.”
Queen e “Somebody to Love”
“Somebody to Love” ganhou disco de platina dupla nos Estados Unidos e simples no Reino Unido. Também foi lançada no formato promocional por George Michael na versão executada com o Queen durante o show em tributo a Freddie Mercury, no estádio de Wembley, em 1992.
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