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Mike Portnoy diz que volta ao Dream Theater ocorreu na hora certa

Baterista comentou possibilidade de a banda gravar continuação de “Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory”

O recente anúncio do retorno de Mike Portnoy ao Dream Theater fez a alegria de fãs em todo o planeta.

Exceto por notas oficiais em suas redes, os músicos não se manifestaram à imprensa. Porém, o baterista falou um pouco sobre o tema durante sessão de perguntas e respostas no Metalmania III, evento do Rock ‘N’ Roll Fantasy Camp em Los Angeles.

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Conforme registro em vídeo do canal TheSilverdude e transcrição do Blabbermouth, o instrumentista começou contando como se deu a reaproximação. E revelou que os recentes projetos com os colegas fizeram a diferença para o bem.

“Bem, já se passaram 13 anos desde a minha saída. E é uma loucura como o tempo voa. Nos últimos 2 anos, durante a pandemia, me reconectei com John Petrucci (guitarrista). Estávamos em meio ao lockdown, minhas bandas não podiam fazer turnê e nem o Dream Theater. Ele estava fazendo um álbum solo e me pediu para tocar. A partir daí decidimos gravar outro com o Liquid Tension Experiment, que também conta com Jordan Rudess (tecladista). Logo depois, John me convidou para sair em turnê com ele. Então, parece que estávamos nos reconectando.”

As relações familiares também tiveram influência.

“Temos uma longa história, quase 40 anos. Nossas famílias cresceram juntas, nossas esposas tocaram juntas em uma banda e nossos filhos literalmente cresceram todos juntos, uns em frente aos outros nos beliches dos ônibus. Minha filha e a filha de John moraram juntas em Nova York nos últimos quatro ou cinco anos. Então, sim, há tanta história familiar além da música que parecia ser o momento certo para voltarmos.”

Próximo passo com Mike Portnoy

Sendo assim, o próximo passo é gravar um álbum. Sem prometer nada, Portnoy comentou o que seria o movimento mais esperado a essa altura.

“Ainda não conversamos sobre isso, mas o óbvio seria trabalharmos em uma continuação de ‘Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory’. Talvez, justamente por ser o óbvio, não faríamos isso. Mas nunca se sabe… Definitivamente seria divertido, mas não sei. Vamos começar do zero, nos reconectar, entrar no estúdio e viver o processo juntos. Estamos em uma fase diferente de nossas vidas. Quando deixei a banda estávamos todos na casa dos 40. Agora temos entre 50 e 60. Será interessante ver como existimos agora neste novo mundo. Então, sim, estou ansioso para estar com os caras e fazer música novamente.”

Dream Theater e “Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory”

Quinto álbum de estúdio do Dream Theater, “Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory” (1999) foi o primeiro conceitual, dando prosseguimento à história contada na faixa “Metropolis Part 1: The Miracle And The Sleeper”, do disco “Images and Words” (1992). Marcou a estreia do tecladista Jordan Rudess, que se tornaria um dos líderes do grupo na parte criativa.

A história gira em torno de um homem chamado Nicholas e uma série de descobertas ligadas à sua vida passada e resgatadas através de sessões com um hipnoterapeuta. Há inspirações do filme “Dead Again” (“Voltar A Morrer” na versão brasileira), lançado em 1991.

A banda também declarou ter sido influenciada por obras como “Tommy” (The Who), “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band” (The Beatles), “The Lamb Lies Down On Broadway” (Genesis), “Misplaced Childhood” (Marillion), “The Wall” e “The Final Cut” (Pink Floyd) para desenvolver o roteiro.

“Metropolis Pt. 2…” se tornou um álbum referencial da carreira do Dream Theater. Frequentemente, aparece em listas de melhores álbuns de todos os tempos, tanto em publicações especializadas em prog quanto nas de metal.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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