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Mais experiente, Dirty Honey passa pelo teste de fogo em “Can’t Find the Brakes”

Uma das bandas mais incensadas da atual geração do hard rock mostra amadurecimento em seu segundo álbum de estúdio

Não há como não considerar o Dirty Honey um dos grandes fenômenos do rock nos últimos anos. Fundada em Los Angeles no ano de 2017, a banda conseguiu o feito de se tornar a primeira independente em toda a história a liderar a parada Mainstream Rock da Billboard em toda a história. O feito foi protagonizado pelo single “When I’m Gone”, do EP que leva o nome do grupo, lançado em 2019.

Em 2021 saiu o primeiro álbum completo, que também carregava a alcunha do quarteto. Por conta da pandemia, as sessões foram conduzidas à distância pelo produtor australiano Nick DiDia, parceiro dos músicos na empreitada desde os primórdios. Agora, com a situação normalizada, o processo pôde ser realizado de forma convencional.

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“Can’t Find the Breaks” traz como novidade a primeira mudança na formação, com o baterista Jaydon Bean substituindo Corey Coverstone. O trio restante segue sendo formado pelo cantor Marc LaBelle, o guitarrista John Notto e o baixista Justin Smolian. A sonoridade segue tendo como base o hard rock suingado com referências setentistas e alguns toques de R&B, especialmente nos vocais.

O diferencial se dá por conta da experiência adquirida na estrada em anos recentes. Após abrir para nomes como Kiss, Guns N’ Roses, The Black Crowes e Rival Sons, o Dirty Honey chegou até mesmo a fazer suas primeiras turnês como atração principal pela América do Norte e Europa. É possível notar um conjunto bem mais à vontade e sabendo tanto explorar suas capacidades quanto evitar exageros.

Três faixas já eram conhecidas do público como lançamentos prévios: “Won’t Take Me Alive”, “Coming Home (Ballad of the Shire)” e a que dá nome ao play. Destaque para a primeira, com uma pegada consistente e ótimas passagens instrumentais. Vale ainda mencionar a abertura com “Don’t Put Out the Fire” e suas excelentes combinações de vozes, além da pegada quase southern em “Get a Little High” e o entrosamento certeiro em “Satisfied”.

É difícil prever o que futuro reserva para uma banda de rock na atual situação, com um mercado bastante volátil. Porém, o Dirty Honey mostra qualidades de sobra para se manter onde figura atualmente e até mesmo alçar voos mais altos. “Can’t Find the Breaks” tem tudo para agradar quem já os conhece, além de alcançar novos admiradores entre fãs de grupos como os citados durante o texto, além de Aerosmith, Led Zeppelin e afins.

*Ouça “Can’t Find the Brakes” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

*O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Dirty Honey — “Can’t Find the Brakes”

  1. Don’t Put Out the Fire
  2. Won’t Take Me Alive
  3. Dirty Mind
  4. Roam
  5. Get a Little High
  6. Coming Home (Ballad of the Shire)
  7. Can’t Find the Brakes
  8. Satisfied
  9. Ride On
  10. You Make it All Right
  11. Rebel Son

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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