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Como Adrian Smith se sentiu ao ver o Iron Maiden sem ele nos anos 1990

Guitarrista dividiu o palco com sua então ex-banda no festival Monsters of Rock, em 1992

Muitos fãs do Iron Maiden nem se dão conta, mas a estreia da formação atual aconteceu sete anos antes de ela se reunir em definitivo. Durante o Monsters of Rock 1992, em Donington, Adrian Smith subiu ao palco com os colegas para a última música do show, “Running Free” (relembre aqui).

O guitarrista havia se retirado dois anos antes, iniciado o projeto A.S.a.P. (Adrian Smith and Project) e lançado o álbum “Silver and Gold”. A repercussão foi apenas discreta, muito longe do que obtinha em anos anteriores.

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Em entrevista ao Loudwire, o músico falou sobre o sentimento de não apenas participar da apresentação em 1992, mas ver o grupo sem sua presença.

“Steve Harris me convidou para ir. Não esperava me sentir da maneira que aconteceu quando fui ao lado do palco e assisti algumas músicas. Foi muito emotivo vê-los tocando canções que eu tinha gravado em frente a milhares de pessoas.”

Posteriormente, Smith lançou o The Untouchables e o Psycho Motel. Quando se juntou a Bruce Dickinson para os álbuns “Accident of Birth” e “The Chemical Wedding”, as coisas se alinharam para que os dois retornassem de forma triunfante ao lugar onde estão até hoje, reconduzindo a banda à alta popularidade de outrora.

“Àquela altura, já os tinha visto outras vezes ao vivo e pude adotar a perspectiva do espectador. Isso me permitiu acrescentar coisas que julgava estar faltando nos shows enquanto estive fora.”

Adrian Smith e Def Leppard

Em 1991, um ano após sua saída do Iron Maiden, Adrian Smith chegou a fazer teste para outra grande banda do Reino Unido: o Def Leppard. Ele ocuparia a vaga deixada pelo falecido Steve Clark.

Durante entrevista ao Eonmusic, o outro guitarrista do grupo, Phil Collen, relembrou o período de testes.

“Convidamos cinco pessoas que conhecíamos, cinco amigos. Vivian se encaixou imediatamente, era exatamente o que procurávamos. Mas Adrian é ótimo, ele é um grande cantor. Esse era uma das características imprescindíveis. E havia algumas outras pessoas. Também tocamos com John Sykes, outro músico maravilhoso e cantor incrível.”

Porém, a coisa aparentemente ficou decidida a favor de Campbell desde o início, como Collen faz questão de destacar. E aparentemente, a coisa não ocorreu de forma tão natural com Smith.

“A voz de Vivian era inacreditável. E mais do que isso, ele simplesmente se encaixava no estilo do que estávamos fazendo. No caso de Adrian, ele precisou se encaixar no contexto do que fazíamos. Quero dizer, nós estávamos fazendo músicas do Def Leppard, não do Iron Maiden ou Dio. Então, quem entra em nossa casa tem que seguir as mesmas regras.”

O próprio fato de um acontecimento trágico ter desencadeado a mudança fez com que a banda optasse pelo caminho mais fácil.

“Viv se encaixou perfeitamente. E como eu disse, havia apenas cinco pessoas. Não fizemos anúncios públicos ou qualquer coisa assim, porque ainda era um pouco doloroso depois de perder Steve, para ser honesto. Então queríamos alguém que trabalhasse emocionalmente conosco, como um membro da família. E ele fez isso de cara. Foi simplesmente maravilhoso.”

Iron Maiden atualmente

Desde então, o Iron Maiden lançou seis discos de estúdio. “Senjutsu”, o mais recente, chegou ao primeiro lugar em 13 paradas internacionais, figurando no top 10 de outras 14.

A banda está rodando o mundo com a turnê “The Future Past”, com foco nos álbuns “Somewhere in Time” e “Senjutsu”. A expectativa é que passe pelo Brasil em 2024.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Muitos fãs do Iron Maiden nem se dão conta, mas a estreia da formação atual aconteceu sete anos antes de ela se reunir em definitivo. Durante o Monsters of Rock 1992, em Donington, Adrian Smith subiu ao palco com os colegas para a última música do show, “Running Free” (relembre aqui).

O guitarrista havia se retirado dois anos antes, iniciado o projeto A.S.a.P. (Adrian Smith and Project) e lançado o álbum “Silver and Gold”. A repercussão foi apenas discreta, muito longe do que obtinha em anos anteriores.

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Em entrevista ao Loudwire, o músico falou sobre o sentimento de não apenas participar da apresentação em 1992, mas ver o grupo sem sua presença.

“Steve Harris me convidou para ir. Não esperava me sentir da maneira que aconteceu quando fui ao lado do palco e assisti algumas músicas. Foi muito emotivo vê-los tocando canções que eu tinha gravado em frente a milhares de pessoas.”

Posteriormente, Smith lançou o The Untouchables e o Psycho Motel. Quando se juntou a Bruce Dickinson para os álbuns “Accident of Birth” e “The Chemical Wedding”, as coisas se alinharam para que os dois retornassem de forma triunfante ao lugar onde estão até hoje, reconduzindo a banda à alta popularidade de outrora.

“Àquela altura, já os tinha visto outras vezes ao vivo e pude adotar a perspectiva do espectador. Isso me permitiu acrescentar coisas que julgava estar faltando nos shows enquanto estive fora.”

Adrian Smith e Def Leppard

Em 1991, um ano após sua saída do Iron Maiden, Adrian Smith chegou a fazer teste para outra grande banda do Reino Unido: o Def Leppard. Ele ocuparia a vaga deixada pelo falecido Steve Clark.

Durante entrevista ao Eonmusic, o outro guitarrista do grupo, Phil Collen, relembrou o período de testes.

“Convidamos cinco pessoas que conhecíamos, cinco amigos. Vivian se encaixou imediatamente, era exatamente o que procurávamos. Mas Adrian é ótimo, ele é um grande cantor. Esse era uma das características imprescindíveis. E havia algumas outras pessoas. Também tocamos com John Sykes, outro músico maravilhoso e cantor incrível.”

Porém, a coisa aparentemente ficou decidida a favor de Campbell desde o início, como Collen faz questão de destacar. E aparentemente, a coisa não ocorreu de forma tão natural com Smith.

“A voz de Vivian era inacreditável. E mais do que isso, ele simplesmente se encaixava no estilo do que estávamos fazendo. No caso de Adrian, ele precisou se encaixar no contexto do que fazíamos. Quero dizer, nós estávamos fazendo músicas do Def Leppard, não do Iron Maiden ou Dio. Então, quem entra em nossa casa tem que seguir as mesmas regras.”

O próprio fato de um acontecimento trágico ter desencadeado a mudança fez com que a banda optasse pelo caminho mais fácil.

“Viv se encaixou perfeitamente. E como eu disse, havia apenas cinco pessoas. Não fizemos anúncios públicos ou qualquer coisa assim, porque ainda era um pouco doloroso depois de perder Steve, para ser honesto. Então queríamos alguém que trabalhasse emocionalmente conosco, como um membro da família. E ele fez isso de cara. Foi simplesmente maravilhoso.”

Iron Maiden atualmente

Desde então, o Iron Maiden lançou seis discos de estúdio. “Senjutsu”, o mais recente, chegou ao primeiro lugar em 13 paradas internacionais, figurando no top 10 de outras 14.

A banda está rodando o mundo com a turnê “The Future Past”, com foco nos álbuns “Somewhere in Time” e “Senjutsu”. A expectativa é que passe pelo Brasil em 2024.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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