O festival beneficente Patfest ganhou a sua segunda edição em São Paulo, na Audio, na última quarta-feira (25). Com artistas diversos da música brasileira, o evento teve como intuito celebrar o legado de Patrícia Kisser, esposa do guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser,, falecida em julho do ano passado em decorrência de um câncer.
Uma das atrações foi Sandy. Acompanhada do próprio Andreas e do filho Yohan Kisser, a cantora fez no palco uma releitura “mais suave” de “Nothing Else Matters”, clássico lançado pelo Metallica em seu álbum homônimo de 1991 — também conhecido como “Black Album”.
Veja vídeos abaixo.
Não foi a primeira vez que a filha de Xororó cantou a música em ocasião pública. Em outubro de 2022, durante evento de Halloween em São Paulo, a artista interpretou essa e outras faixas ligadas ao rock, como “We Will Rock You” (Queen), “Uninvited” (Alanis Morissette), “Lugar Ao Sol” (Charlie Brown Jr) e “Bring Me to Life” (Evanescence) – essa última já executada por ela nos tempos de Sandy e Junior. Poucos meses depois, em dezembro, apresentou “Nothing Else Matters” no programa “Caldeirão com Mion”, da TV Globo.
Sobre o Patfest 2
Samuel Rosa ficou responsável por abrir o Patfest 2. No set, o vocalista do adormecido Skank tocou “Vou Deixar”. Paulo Miklos, dos Titãs, também fez referência ao próprio grupo na sequência, interpretando a música “Bichos Escrotos”.
Ao longo da noite, Badauí, vocalista do CPM 22, ainda apresentou “Um Minuto Para o Fim do Mundo”, enquanto Dinho Ouro Preto, líder do Capital Inicial, entregou uma performance de “Primeiros Erros (Chove)” e Di Ferrero, vocal do NX Zero, optou por um cover de “Creep”, do Radiohead.
Angra (executando “Big City Nights”, do Scorpions, com Jean Dolabella substituindo Bruno Valverde na bateria), Black Pantera e João Gordo (vocalista do Ratos de Porão) também fizeram parte da programação, encerrada por um cover coletivo de “Hey Jude”, dos Beatles.
Todo o valor arrecadado com os ingressos será revertido para a ONG Comunidade Compassiva. A iniciativa atua em comunidades periféricas no Rio de Janeiro e Minas Gerais, prestando apoio a pacientes em situação de vulnerabilidade que estão em quadros irreversíveis.
Em nota, Andreas explica que o Patfest foi pensado após a primeira fase da quimioterapia de Patrícia.
“Ela tinha pedido uma festa para comemorar, pois foi um processo muito positivo e tranquilo. Infelizmente, não deu tempo, pois a doença voltou rápido e ela acabou falecendo em julho de 2022. E foi após a morte dela que organizei o festival, como uma celebração à vida de Patricia. Esse ano é o Patfest 2, com participação de vários nomes da música brasileira, desde o roadie ao músico, afinal, a Patrícia conectava muita gente e todo mundo participou com uma energia fantástica na primeira edição.”
O músico afirma ainda que o Patfest também tem o compromisso de romper tabus relacionados à morte e ao luto.
“Precisamos falar da morte de uma forma mais leve e não ver como uma punição, mas como um estágio natural da vida. A partir disso, a gente consegue se abrir para ter uma vivência muito mais intensa e significativa. Um dos objetivos do festival é levantar essa discussão para toda a sociedade, ela não deve ficar somente entre profissionais da saúde.”
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