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Dogstar faz rock pedestre regular em “Somewhere Between the Power Lines and the Palm Trees”

Banda de Keanu Reeves faz música agradável e influenciada pelo pop rock noventista, ainda que não particularmente memorável

Apesar de ter passado mais de 20 anos sem qualquer atividade, o Dogstar passou por um ciclo completo de percepção pública. Isso porque seu baixista é um dos atores mais famosos das últimas décadas: Keanu Reeves. 

Visto como mais uma banda de famoso nos anos 90, o grupo virou piada à medida que o público encontrou mais e mais motivos para rir dos maneirismos e idiossincrasias do seu integrante mais famoso. O Dogstar era mais uma coisa ruim a ser associada a Reeves enquanto sua carreira parecia estar em decadência.

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Só que a opinião pública sobre o astro mudou. Ele não só conseguiu se reestabelecer como uma estrela, mas tudo aquilo encarado antes como um demérito de sua habilidade em cena foi reavaliado como um traço característico digno de respeito. Em meio a isso, o projeto musical anunciou sua volta.

Por mais que o Dogstar tenha sido uma das piadas mais recorrentes da carreira de Reeves, poucas pessoas devem sequer ter escutado a banda quando ainda estava em seu primeiro período de atividade. Com tal renascimento profissional, talvez seja o caso de mais ouvidos estarem dispostos a encarar a música da banda sem qualquer preconceito.

O problema é que, apesar de “Somewhere Between the Power Lines and the Palm Trees” não ser um trabalho vergonhoso, o trabalho do Dogstar não é particularmente memorável. Trata-se de um exemplar tardio do subgênero denominado pela crítica Ana Clara Matta como rock pedestre.

Ninguém na banda quer reinventar a roda. A intenção é apenas fazer um pop rock despretensioso, tal qual nomes dos anos 1990 como Goo Goo Dolls, Gin Blossoms e até o Bon Jovi pós-farofa. Guitarras barulhentas, estruturas pop sem firulas, ganchos melódicos para embalar momentos cotidianos. Aquelas canções feitas para fazer parte da vida de quem ouve.

O baixo de Reeves em certos momentos aponta para uma influência de pós-punk, devido à quantidade de efeito de modulação e as linhas tocadas. Fora isso, o som feito pelo Dogstar em geral é aquilo que dava pra encontrar em qualquer estação de rádio na década de seu nascimento. 

Isso faz “Somewhere Between the Power Lines and the Palm Trees” quase uma relíquia de um tempo antigo, para o mal e para o bem. Um quarto de século se passou desde que esse tipo de música era popular — e mesmo não impressionando demais, o disco ainda assim consegue lembrar ao menos a razão da popularidade desse tipo de música.

*Ouça “Somewhere Between the Power Lines and Palm Trees” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

*O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Dogstar – “Somewhere Between the Power Lines and Palm Trees”

01. Blonde

02. How The Story Ends

03. Everything Turns Around

04. Overhang

05. Dillon St.

06. Lily

07. Lust

08. Glimmer

09. Sunrise

10. Sleep

11. Upside

12. Breach

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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Apesar de ter passado mais de 20 anos sem qualquer atividade, o Dogstar passou por um ciclo completo de percepção pública. Isso porque seu baixista é um dos atores mais famosos das últimas décadas: Keanu Reeves. 

Visto como mais uma banda de famoso nos anos 90, o grupo virou piada à medida que o público encontrou mais e mais motivos para rir dos maneirismos e idiossincrasias do seu integrante mais famoso. O Dogstar era mais uma coisa ruim a ser associada a Reeves enquanto sua carreira parecia estar em decadência.

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Só que a opinião pública sobre o astro mudou. Ele não só conseguiu se reestabelecer como uma estrela, mas tudo aquilo encarado antes como um demérito de sua habilidade em cena foi reavaliado como um traço característico digno de respeito. Em meio a isso, o projeto musical anunciou sua volta.

Por mais que o Dogstar tenha sido uma das piadas mais recorrentes da carreira de Reeves, poucas pessoas devem sequer ter escutado a banda quando ainda estava em seu primeiro período de atividade. Com tal renascimento profissional, talvez seja o caso de mais ouvidos estarem dispostos a encarar a música da banda sem qualquer preconceito.

O problema é que, apesar de “Somewhere Between the Power Lines and the Palm Trees” não ser um trabalho vergonhoso, o trabalho do Dogstar não é particularmente memorável. Trata-se de um exemplar tardio do subgênero denominado pela crítica Ana Clara Matta como rock pedestre.

Ninguém na banda quer reinventar a roda. A intenção é apenas fazer um pop rock despretensioso, tal qual nomes dos anos 1990 como Goo Goo Dolls, Gin Blossoms e até o Bon Jovi pós-farofa. Guitarras barulhentas, estruturas pop sem firulas, ganchos melódicos para embalar momentos cotidianos. Aquelas canções feitas para fazer parte da vida de quem ouve.

O baixo de Reeves em certos momentos aponta para uma influência de pós-punk, devido à quantidade de efeito de modulação e as linhas tocadas. Fora isso, o som feito pelo Dogstar em geral é aquilo que dava pra encontrar em qualquer estação de rádio na década de seu nascimento. 

Isso faz “Somewhere Between the Power Lines and the Palm Trees” quase uma relíquia de um tempo antigo, para o mal e para o bem. Um quarto de século se passou desde que esse tipo de música era popular — e mesmo não impressionando demais, o disco ainda assim consegue lembrar ao menos a razão da popularidade desse tipo de música.

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