Ator de Quico em “Chaves” faz propaganda contra imigração ilegal no México

Carlos Villagrán vem sofrendo críticas pela adesão à campanha; anteriormente, ele havia polemizado ao dizer que a Covid-19 “não existia”

A embaixada dos Estados Unidos no México deu início a uma campanha contra a imigração legal. Conhecido por interpretar o personagem Quico, do seriado “Chaves”, o ator Carlos Villagrán foi escalado para uma série de vídeos visando conscientizar a população quanto ao tema.

A proposta é uma tentativa do governo americano visando diminuir os altos índices de entrada de imigrantes pela fronteira do país vizinho, o que vêm batendo recordes em tempos recentes.

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No primeiro VT, trajado como Quico e usando seus bordões e trejeitos, Carlos declara:

“Olá, amigos. Primeiro de tudo: Calem-se, calem-se, calem-se, vocês me deixam loucos! Tenho algo muito importante para dizer: não cruzem a fronteira dos Estados Unidos, porque seu pai, sua mãe, seu tio, seu cachorro, seu gato, seu periquito, todo mundo pode estar em perigo. O melhor é cruzar (a fronteira) de forma legal. Vamos lá. Se você fizer isso (cruzar de forma legal), aí sim vou gostar de você.”

A repercussão foi, em sua maioria, negativa. Compatriotas chamaram Villagrán de insensível às crises econômicas e políticas enfrentadas por muitos que tomam a atitude de migrar, mesmo ilegalmente.

Também foi observado que o artista acabou “entrando no personagem”. Quico é um menino mimado, sempre alheio aos problemas de seus vizinhos pobres, incluindo os amigos Chaves e Chiquinha. Sua mãe, a Dona Florinda, faz de tudo para lhe dar uma vida de rico, embora a realidade da situação o coloque muito mais próximo aos outros moradores da vila do que ele gostaria de admitir.

Em outro vídeo, divulgado dias antes, Quico alerta sobre os perigos de negociar com os coiotes — traficantes de pessoas que são pagos para coordenar as viagens ilegais cruzando as fronteiras. Simulando um acidente entre seus carrinhos de brinquedo, ele diz:

“O papo furado dos coiotes sempre vai te deixar na mão.”

Vale citar que essa não é a primeira polêmica em que Villagrán coloca seu nome e obra. Em 2020, quando a pandemia varria o mundo e não havia qualquer tipo de medicamento efetivo, o ator declarou ao programa “Sale el Sol”, da emissora mexicana Imagen TV:

“Para mim, a Covid-19 é um engano. Não existe a Covid-19. Depois de ficarmos em casa, eles começarão a colocar antenas para o 5G, que se conectam a milhares de antenas colocadas em universidades, escolas, em todos os lugares, e também em satélites de baixo alcance, mais de 6 mil satélites. Eles querem fazer uma rede para que em 2030 controlem o que se chama de população mundial.”

Provando que o Professor Girafales tinha razão quando disse que teve “alunos bons, regulares, maus, péssimos e o Quico”, ele continuou:

“É um culto da maçonaria, e quem está por trás de tudo isso é Bill Gates, e tem muita gente por trás dele.”

Há alguns anos, Carlos Villagrán vem anunciando que não fará mais apresentações usando seu personagem mais famosos. Porém, tal qual bandas clássicas de rock anunciando suas turnês de despedida, ele sempre muda de ideia e segue em frente.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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