Todos estamos acostumados com um artista citando seu álbum mais recente como o melhor da carreira. 19º trabalho de estúdio do Rush, “Clockwork Angels” (2012) foi alçado a tal patamar pelo baixista, vocalista e tecladista Geddy Lee.
A confissão do frontman veio em 2018, durante entrevista ao jornal inglês The Guardian (via Rock and Roll Garage). O músico explicou que o árduo trabalho investido na obra conceitual acabou sendo recompensador.
“Foi um disco difícil de fazer liricamente, resumindo-o a algo com que Alex (Lifeson, guitarrista) e eu pudéssemos conviver. Ao mesmo tempo, precisávamos de algo que contasse a história de forma esclarecida o suficiente para satisfazer o conceito de Neil (Peart, baterista).”
No fim das contas, uma música se sobressaiu como representante não apenas do play, mas do trio como um todo.
“Há algo em ‘Headlong Flight’ que é quase como se resumisse a história da banda para mim. De certa forma, é autobiográfica. Quarenta anos nesta carreira e tudo se passou assim. O sentimento transmitido nessa faixa é ‘eu gostaria de poder fazer tudo de novo’, o que não deixa de ser verdade.”
Rush e “Clockwork Angels”
“Clockwork Angels” conta a história de um jovem em busca de seus sonhos, tendo que enfrentar as forças da ordem e do caos, em um mundo controlado pelo tempo de forma rígida. Os primeiros singles, “Caravan” e “BU2B”, foram disponibilizados dois anos antes do lançamento do disco. O trio ainda saiu em turnê no meio-tempo e só depois finalizou a obra.
A capa feita por Hugh Syme substitui os números do relógio por símbolos alquímicos. Os ponteiros apontam 9:12, ou 21:12, referência ao clássico da banda. O disco chegou ao número 1 na parada canadense e 2 nos Estados Unidos. Em parceria com Kevin J. Anderson, o baterista Neil Peart transformou o conteúdo em uma obra literária no formato de novela gráfica.
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