Robert Fripp era visto uma das figuras mais carrancudas da história do rock. Contudo, desde o início da pandemia, a série de covers “Sunday Lunch” — que o líder do King Crimson faz com sua esposa, a cantora inglesa Toyah Willcox —, tem mostrado um lado mais bem humorado do guitarrista.
Em entrevista à Guitar World, Fripp não poupou elogios aos artistas homenageados por Toyah e ele. Especialmente o Metallica, que teve sua “Enter Sandman” tocada na série de YouTube.
“Toyah e eu sabíamos do Metallica tem muito tempo, mas eu nunca havia aprendido uma música da banda antes do ‘Sunday Lunch’. A gente tem até tocado essa canção na turnê, porque gosto tanto dela.”
Ao refletir sobre o trabalho de James Hetfield e Kirk Hammett, guitarristas do Metallica, ele comentou:
“Eu encaro Kirk e James como um guitarrista só – eles são juntos no quadril pra mim! Eu analisei diferentes versões ao longo da carreira deles. Hoje em dia, parece que eles tocam alguns semitons abaixo, o que é perfeitamente legítimo. Rapaz, eles realmente conseguem arrasar com essa ao vivo.”
Robert Fripp elogia Kirk Hammett
O trabalho de Kirk Hammett em específico foi ressaltado pelo líder do King Crimson, que declarou:
“Eu li em algum lugar há alguns anos que Kirk havia descoberto as partes intercambiáveis que eu e Adrian Belew fizemos em ‘Discipline’, de 1981, e gostou delas. Isso eu não sei, mas o que sei é que Kirk é um guitarrista incrível. O solo em ‘Enter Sandman’ é um petardo! Eu tenho praticado e diria que é bem desafiador, mas bem divertido. Requer trabalho para aprender direito. Então, sim, Metallica e ‘Enter Sandman’… eu adoro!”
Elogios a Dave Mustaine
Outro músico que tem história com o Metallica foi elogiado por Robert Fripp na ocasião. Trata-se de Dave Mustaine, líder do Megadeth.
“Explorando ‘Holy Wars… The Punishment Due’, dava pra ver que Dave Mustaine é um músico sério. Ele pensa diferentemente de mim musicalmente, mas há semelhanças também. Posso notar isso de pesquisar sobre seu estilo: ele parece trabalhar em padrões — desenvolvendo e introduzindo variações dentro desses padrões, algo que eu também faço.”
Mesmo com essas similaridades, Fripp disse que aprender o clássico do thrash metal foi complicado.
“Aquela canção do Megadeth foi um desafio pra mim. Tocar ela direito levaria uns três meses pra mim, com mais ou menos quatro a oito horas por dia de treino. Precisaria de muita concentração. Se você está fazendo 90 segundos, você ainda precisa trabalhar tão duro quanto é preciso. Ele é definitivamente alguém com quem eu não estava familiarizado antes, mas acabei respeitando muito.”
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