Ativo entre 1987 e 1994, o Nirvana experimentou a fama e glória em seus últimos anos de carreira, quando encabeçou o movimento que ficou conhecido como grunge. O vocalista e guitarrista Kurt Cobain não apenas não buscava o sucesso, como acabou sendo engolido por todo o contexto.
De qualquer forma, não dá para fazer de conta que a banda não se tornou um dos gigantes do rock. O baixista Krist Novoselic foi convidado pelo NME a refletir sobre os fatores que levaram o grupo ao estrelato. Obviamente, ele creditou o saudoso colega.
“Acho que havia algo especial em Kurt Cobain. Sua intensidade, a maneira como ele se apresentava, junto com a maneira como cantava e seu estilo vocal. Lembro-me de tocar para as pessoas a música ‘Milk It’, e elas falarem ‘Isso é de outro mundo’. Era muito intenso, resiste à comparação com qualquer banda de metal escandinava. Isso iria surpreender muitos deles. A melhor maneira que posso descrevê-la é como uma música verdadeiramente ameaçadora.”
Não à toa, o músico entende a importância da obra na vida de muitos.
“Pessoas sempre me dizem que o Nirvana salvou suas vidas. E eu entendo, pois passei pelo mesmo com a banda Flipper. Assim que a música deles me pegou, tudo começou a fazer sentido.”
O Flipper foi uma banda punk fundada em San Francisco, Califórnia, no ano de 1979. Embora não tenha alcançado o sucesso, sua música influenciou todas as gerações posteriores que se aventuraram pelos caminhos alternativos do rock.
Atualmente tocando com músicos do Soundgarden e Pearl Jam no 3rd Secret – que o próprio cita como “o ABBA do grunge” – Krist deseja honrar o legado de Cobain para o resto da vida.
“Eu só quero lembrar de Kurt e dar-lhe crédito. Quando você faz uma declaração artística, está convidando as pessoas para entrar. No nosso caso, elas continuam aceitando. Cada nova geração está se conectando com o Nirvana, especialmente as pessoas que talvez estejam passando por uma fase difícil.”
Reunião do Nirvana?
Em outro trecho da mesma entrevista, Krist Novoselic não descartou futuras reuniões com Dave Grohl para relembrar a obra conjunta. O Nirvana vendeu mais de 50 milhões de cópias dos seus discos. O segundo, “Nevermind” (1991), é responsável por mais da metade dessa quantia.
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