A opinião de Joey DeMaio (Manowar) sobre as mudanças na indústria musical

Banda americana tem investido com maior intensidade em EPs e singles nos últimos tempos

O álbum de inéditas mais recente do Manowar, “The Lord of Steel”, saiu em 2012. Desde então, os ícones do true metal têm investido com maior intensidade em formatos como EP e single. A atitude mostra que, apesar de exaltar o passado em termos sonoros, os músicos estão conectados com a realidade do mercado.

Em entrevista ao site IgorMiranda.com.br, o baixista e líder Joey DeMaio reconheceu que a indústria não é mais a mesma do passado.

“O panorama da música realmente evoluiu, mas sempre foi assim. Vivemos numa era de gratificação instantânea, onde tantas atrações competem pela atenção dos consumidores que os ouvintes muitas vezes preferem pequenas porções de qualquer coisa (música incluída) em vez de mergulharem numa viagem mais longa. Dito isto, acredito que se você realmente ama alguma coisa, você não se cansa dela e então não se importa se uma música tem 5 ou 15 minutos de duração.”

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Porém, ele também faz questão de deixar claro que a decisão com relação ao formato ou a duração da música é puramente artística.

“O Manowar sempre priorizou a qualidade em detrimento da quantidade. EP, single ou álbum completo; tudo o que fazemos é movido pelo espírito do verdadeiro metal e pelo nosso compromisso eterno com nossos Manowarriors. O Manowar nunca seguiu tendências ou modelos. Sempre foi sobre o que parece certo para a banda e para nossos fãs leais. Se uma história ou mensagem for melhor transmitida através de uma música de 3 minutos, esse é o caminho que seguiremos. Mas se uma história épica exige uma peça mais longa, então não faremos concessões apenas para nos adequarmos aos moldes dos hábitos modernos de streaming.”

Para reforçar seu argumento, o baixista citou como exemplo seu disco lançado em 1992 pela Atlantic Records, do grupo Warner Music. Tratava-se da primeira grande mudança de formação da carreira do Manowar, com a saída do guitarrista e co-fundador Ross the Boss, e do clássico baterista Scott Columbus (que retornaria no trabalho seguinte).

Como carta de apresentação dos respectivos substitutos David Shankle e Rhino (Kenny Earl Edwards), o álbum já começava com uma épica faixa repleta de solos sobre o protagonista da “Ilíada”, poema histórico de Homero narrando a Guerra de Tróia.

“Veja ‘The Triumph of Steel’. A gravadora surtou quando fizemos ‘Achilles, Agony and Ecstasy in Eight Parts’, com mais de 28 minutos de duração. Mas os fãs adoraram!”

Show em São Paulo

O Manowar se apresenta no Espaço Unimed, em São Paulo, neste sábado (23). O show está marcado para 21h30, com as portas da casa abrindo duas horas antes. Ingressos ainda estão à venda através do site Ticket360.

Será a quinta passagem do grupo pelo Brasil. As anteriores aconteceram em 1996, 1998, 2010 e 2015. A segunda e a quarta também foram exclusivas da capital paulista, com apresentações no Monsters of Rock.

Sobre o Manowar

Fundado em 1980 na cidade de Auburn, estado americano de Nova York, o Manowar lançou até hoje 11 álbuns de estúdio – além de duas regravações para “Battle Hymns” (1982) e “Kings of Metal” (1988). No total, a banda vendeu mais de 30 milhões de discos em todo o planeta.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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