Com menos de 5 anos de história, o The Pretenders sofreu dois abalos que quase comprometeram seu sucesso. Em 16 de junho de 1982 o guitarrista James Honeyman-Scott faleceu aos 25 anos, em decorrência de uma overdose de speedball, nome dado à mistura de cocaína e heroína.
Dois dias antes, o baixista Pete Farndon havia sido demitido. Menos de um ano depois, em 14 de abril de 1983, ele morreu afogado na banheira de casa, após sofrer uma overdose de heroína. À época, ele tinha 30 anos.
O tempo passou, mas Chrissie Hynde não esqueceu o trágico destino dos dois colegas com quem fundou a banda – além do baterista Martin Chambers, até hoje a acompanhando. Em entrevista à Record Collector, transcrita pela Radio X, a frontwoman reconheceu sentir remorso por não ter desencorajado os abusos dos amigos.
“Eu sou culpada. Não parece grande coisa, mas é quando se você se sente assim, mesmo não sendo realmente. Resta-me assumir a minha parte da responsabilidade.”
E não adianta o entrevistador tentar amenizar o sentimento, pois Hynde tem seus argumentos.
“Bem, não desencorajei o consumo de drogas e fiz parte disso. Então, você sabe, não que eu fosse a mãe deles, mas a coisa era muito pesada na estrada. Estava tendo problemas, especialmente com Pete – então, talvez não seja culpada, mas há um elemento de desejo de ter feito melhor.”
Homenagem ao passado
Contando com apenas metade do grupo original, Chrissie reconhece que hoje seu grupo é uma homenagem ao passado – embora ter metade dos integrantes fundadores seja um feito e tanto para os padrões do rock.
“Desde que Pete e Jimmy morreram, e porque tive que substituir pessoas, agora é como uma banda tributo ao The Pretenders chamada The Pretenders.”
Pretenders e “Relentless”
“Relentless”, 12º álbum de estúdio de Chrissie Hynde e companhia, sai no próximo dia 15 de setembro, via Parlophone Records. Recentemente, a banda abriu shows das turnês do Guns N’ Roses pela Europa e América do Norte.
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