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Quando produtor mandou Yngwie Malmsteen tocar mais devagar

Quem se atreve a falar algo assim para um homem com uma coleção de Ferraris vermelhas?

Dizer para Yngwie Malmsteen tocar devagar é como pedir para o sol não brilhar e a grama não crescer. Afinal de contas, o guitarrista sueco se destacou mundialmente por sua velocidade no instrumento, acrescentando influências neoclássicas ao hard rock / heavy metal.

Mesmo assim, um produtor se atreveu a pedir isso a ele. A curiosa história foi compartilhada pelo próprio em entrevista ao Nippertown (transcrição via Killer Guitar Rigs).

“Deixa eu contar uma história engraçada. Quando eu vim aos Estados Unidos pela primeira vez, fui gravarum solo de guitarra e tinha esse produtor sentado do meu lado. Eu fiz um take do solo, e esse cara fala: ‘ei, isso foi ótimo, muito bom, vamos fazer mais um take, só que um pouco mais devagar… lembre: menos é mais’.”

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O pedido deixou Malmsteen um pouco confuso. O efeito acabou sendo contrário em relação ao que queria o profisisonal de estúdio.

“Eu falava inglês fluente, mas nunca havia ouvido essa expressão (‘less is more’) antes. Então eu falei: ‘ah, então você quer mais?’. Eu honestamente achei que ele tinha falado errado. Obviamente, ele não falou errado.”

“Mais é mais”

A partir de então, Yngwie Malmsteen reconhece ter ficado associado a isso: achar que “mais é mais”. Contudo, o guitarrista entende a graça da piada, mesmo que pra ele seja apenas o jeito dele fazer música. 

Assim como o personagem de Will Ferrell em “Ricky Bobby – À Toda Velocidade”, ele gosta de ir rápido.

Sobre Yngwie Malmsteen

Nascido Lars Johan Yngve Lannerbäck na Suécia em 30 de junho de 1963, Yngwie Malmsteen pegou um violão pela primeira vez aos 7 anos de idade, no dia em que Jimi Hendrix morreu, e ganhou sua primeira guitarra aos 9, de presente do irmão.

Largou a escola aos 15 e conseguiu um emprego consertando guitarras em uma loja de música em Estocolmo. Enquanto trabalhava lá, ele teve a ideia de escalopar braços de guitarra — modificação que torna as técnicas de vibrato e bending mais fáceis e que se tornaria marca registrada de seus instrumentos.

No final da adolescência, cada vez mais frustrado com a cena musical sueca, Malmsteen se viu num beco sem saída: suas composições, por melhores que fossem, não despertavam o interesse de nenhuma gravadora local por não serem “comerciais” o suficiente.

Sabe-se lá como, uma demo atravessou o oceano. Mike Varney, chefe da Shrapnel Records na Califórnia, ouviu e ficou impressionado com o estilo de tocar do jovem. Ele entrou em contato e pediu que Yngwie fosse aos Estados Unidos para gravar um álbum pela sua gravadora.

Malmsteen foi de mala e cuia para Los Angeles, onde se juntou ao Steeler. Ele gravou um álbum homônimo (1983) com a banda antes de unir forças com o veterano ex-vocalista do Rainbow Graham Bonnet no Alcatrazz, registrando “No Parole from Rock ‘n’ Roll” (1983) e o ao vivo “Live Sentence” (1984).

Cansado do expediente de compor em parceria com terceiros, ele saiu do Alcatrazz e pôs na rua o Yngwie J. Malmsteen’s Rising Force, nome sob o qual começou a gravar uma série de álbuns, alguns dos quais obteriam status de clássico não apenas no reino da guitarra, mas no hard e metal como um todo, como “Rising Force” (1984), “Trilogy” (1986) e “Odyssey” (1988).

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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Dizer para Yngwie Malmsteen tocar devagar é como pedir para o sol não brilhar e a grama não crescer. Afinal de contas, o guitarrista sueco se destacou mundialmente por sua velocidade no instrumento, acrescentando influências neoclássicas ao hard rock / heavy metal.

Mesmo assim, um produtor se atreveu a pedir isso a ele. A curiosa história foi compartilhada pelo próprio em entrevista ao Nippertown (transcrição via Killer Guitar Rigs).

“Deixa eu contar uma história engraçada. Quando eu vim aos Estados Unidos pela primeira vez, fui gravarum solo de guitarra e tinha esse produtor sentado do meu lado. Eu fiz um take do solo, e esse cara fala: ‘ei, isso foi ótimo, muito bom, vamos fazer mais um take, só que um pouco mais devagar… lembre: menos é mais’.”

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O pedido deixou Malmsteen um pouco confuso. O efeito acabou sendo contrário em relação ao que queria o profisisonal de estúdio.

“Eu falava inglês fluente, mas nunca havia ouvido essa expressão (‘less is more’) antes. Então eu falei: ‘ah, então você quer mais?’. Eu honestamente achei que ele tinha falado errado. Obviamente, ele não falou errado.”

“Mais é mais”

A partir de então, Yngwie Malmsteen reconhece ter ficado associado a isso: achar que “mais é mais”. Contudo, o guitarrista entende a graça da piada, mesmo que pra ele seja apenas o jeito dele fazer música. 

Assim como o personagem de Will Ferrell em “Ricky Bobby – À Toda Velocidade”, ele gosta de ir rápido.

Sobre Yngwie Malmsteen

Nascido Lars Johan Yngve Lannerbäck na Suécia em 30 de junho de 1963, Yngwie Malmsteen pegou um violão pela primeira vez aos 7 anos de idade, no dia em que Jimi Hendrix morreu, e ganhou sua primeira guitarra aos 9, de presente do irmão.

Largou a escola aos 15 e conseguiu um emprego consertando guitarras em uma loja de música em Estocolmo. Enquanto trabalhava lá, ele teve a ideia de escalopar braços de guitarra — modificação que torna as técnicas de vibrato e bending mais fáceis e que se tornaria marca registrada de seus instrumentos.

No final da adolescência, cada vez mais frustrado com a cena musical sueca, Malmsteen se viu num beco sem saída: suas composições, por melhores que fossem, não despertavam o interesse de nenhuma gravadora local por não serem “comerciais” o suficiente.

Sabe-se lá como, uma demo atravessou o oceano. Mike Varney, chefe da Shrapnel Records na Califórnia, ouviu e ficou impressionado com o estilo de tocar do jovem. Ele entrou em contato e pediu que Yngwie fosse aos Estados Unidos para gravar um álbum pela sua gravadora.

Malmsteen foi de mala e cuia para Los Angeles, onde se juntou ao Steeler. Ele gravou um álbum homônimo (1983) com a banda antes de unir forças com o veterano ex-vocalista do Rainbow Graham Bonnet no Alcatrazz, registrando “No Parole from Rock ‘n’ Roll” (1983) e o ao vivo “Live Sentence” (1984).

Cansado do expediente de compor em parceria com terceiros, ele saiu do Alcatrazz e pôs na rua o Yngwie J. Malmsteen’s Rising Force, nome sob o qual começou a gravar uma série de álbuns, alguns dos quais obteriam status de clássico não apenas no reino da guitarra, mas no hard e metal como um todo, como “Rising Force” (1984), “Trilogy” (1986) e “Odyssey” (1988).

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Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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