Power chord é coisa de guitarrista preguiçoso, diz Steve Lillywhite

E se forem dois guitarristas tocando power chord ao mesmo tempo, o produtor de nomes como U2 e Rolling Stones acha ainda pior

O power chord se transformou em uma das pedras fundamentais da guitarra rock. Um acorde contendo apenas duas notas – a tônica e sua quinta relativa (Dó e Sol, por exemplo) –, ou por vezes três quando entra a oitava.

Músicos de todo o planeta usaram e abusaram dessa ferramenta simples para criar riffs capazes de encantar o mundo. Entre alguns exemplos célebres, estão “Jailhouse Rock” (Elvis Presley), “You Really Got Me” (The Kinks), “Iron Man” (Black Sabbath), “My Generation” (The Who), quase todo o material do Ramones e por aí vai.

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É aí que entra Steve Lillywhite, produtor inglês considerado um dos mais influentes para a construção da sonoridade new wave e do rock nos anos 1980. Em entrevista ao canal de YouTube Produce Like a Pro (transcrição via Guitar World), ele refletiu sobre os álbuns “Drums and Wires” (1979) e “Black Sea” (1980), nos quais trabalhou com o grupo XTC, e revelou ter algo a dizer sobre as guitarras:

“Nunca houve um momento em que os dois guitarristas [Andy Partridge e Dave Gregory] tocavam a mesma coisa. Muito importante – não havia um power chord em vista. Era enxuto.”

Ele continuou, elaborando sobre a importância dessa ausência:

“Porque para mim o power chord é preguiçoso. Isso é meio polêmico em si, mas power chords em cada batids do compasso no refrão pra mim não é arte. Dá pra criar peso com outra coisa.”

Steve Lillywhite e o power chord

Na ocasião, Steve Lillywhite também revelou não gostar especialmente quando dois guitarristas tocam power chords ao mesmo tempo. Por outro lado, reconheceu que existem bandas bem-sucedidas fazendo isso.

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Entre os exemplos positivos de power chords que pode pensar, Lillywhite citou um presente num disco produzido por ele, “How to Dismantle An Atomic Bomb” (2004), do U2:

“The Edge só compôs uma canção com power chords porque ele provavelmente pensava que só tinha mais uma música a ser criada com power chords, e acabou sendo ‘Vertigo’. Essa é a única canção escrita por ele com power chords.”

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

1 COMENTÁRIO

  1. Um cara de uma banda muito ruim do kct elogiando duas banda ruim do kct. Não acrescentam nada de inovador e sim mais um pouco de porcaria para os ouvidos.

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