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A opinião de Jennifer Aniston sobre a “cultura do cancelamento”

Atriz acredita que, dependendo do caso, pessoas que são "canceladas" devem ter direito a uma segunda chance

Jennifer Aniston afirmou que está cansada do que se chama hoje de “cultura do cancelamento”. A atriz explicou seus motivos para tal opinião.

Em entrevista ao The Wall Street Journal, Aniston confessou que ainda não entende muito bem o que a suposta cultura significa.

“Estou tão cansada da cultura do cancelamento. Eu provavelmente já fui cancelada só por dizer isso. Eu apenas não entendo o que ela significa.”

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Na visão de Jennifer, há alguns casos em que se pode até compreender o “cancelamento”. Para isso, citou o caso do ex-produtor Harvey Weinstein, que está preso por conta de diversos crimes sexuais que cometeu ao longo dos anos.

No entanto, ela acredita que nem todos que são “cancelados” podem ser comparados ao que ele fez e merecem uma segunda chance.

“Não existe redenção? Eu não sei. Eu não coloco todos na mesma cesta do Harvey Weinstein.”

“Friends” se tornou ofensiva

Parece que Jennifer Aniston não concorda muito com as opiniões da atual geração. Em outra entrevista recente, para a France Presse, a artista lembrou que para “os jovens de hoje”, “Friends” se tornou uma série problemática.

“Existe uma nova geração de pessoas, jovens, que estão revisitando os episódios de ‘Friends’ e os consideram ofensivos.”

A atriz, que viveu a eterna Rachel no show, até concordou que algumas piadas poderiam ter sido evitadas. Contudo, lembrou que o popular seriado se passava em uma época diferente.

“Existiram algumas coisas que nunca foram intencionais e outras que… bem, deveríamos ter pensado melhor, mas não acho que existia a sensibilidade que existe hoje.”

Os criadores do programa parecem não concordar totalmente com Aniston. Uma das responsáveis pela obra, Marta Kauffman, fez uma doação em 2022 no valor de US$ 4 milhões destinada ao Departamento de Estudos Afro-Americanos da Universidade Brandeis, em Boston, Estados Unidos. A ação é uma forma de se desculpar pela falta de representatividade diversificada no seriado, algo que há anos é alvo de críticas.

Em entrevista ao Los Angeles Times, a autora deixou claro que a atitude é algo de coração e que mudou muito sua visão com o passar do tempo. O sentimento se intensificou após o assassinato de George Floyd por parte da polícia norte-americana em 2020.

Anteriormente outro criador, David Bright, já havia se manifestado sobre o tema, destacando a importância de as séries atuais refletirem a sociedade como ela é. Porém, também ressaltou que não foi intencional montar um elenco formado apenas por brancos.

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Augusto Ikeda
Augusto Ikedahttp://www.igormiranda.com.br
Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atua no mercado desde 2013 e já realizou trabalhos como assessor de imprensa, redator, repórter web e analista de marketing. É fã de esportes, tecnologia, música e cultura pop, mas sempre aberto a adquirir qualquer tipo de conhecimento.

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