Após mais de uma década cantando o tema de Bob Esponja em shows fora do Slipknot, Corey Taylor finalmente realizou um sonho pessoal. O vocalista teve a oportunidade de se apresentar junto a Tom Kenny, dublador responsável por fazer a voz original do icônico personagem.
O encontro ocorreu durante a Huntington Comic And Toy Convention, no estado americano de West Virginia. No vídeo (transcrição via Stereogum), o artista descreveu como estava se sentindo naquele momento:
“Eu estou mais nervoso agora do que em qualquer outro momento da minha carreira toda. Como diabos eu cheguei aqui, galera?”
Confira o momento abaixo.
Em entrevista de 2020 ao Montreal Rocks (via Rolling Stone), Taylor comentou o sucesso da entrada da canção em seu repertório solo. Segundo ele, trata-se do número mais pedido pelos fãs em suas apresentações acústicas.
“O engraçado é que hoje em dia é quase como uma faca de dois gumes. Fico louco por ser uma das músicas mais pedidas em meus shows acústicos, mastoda a razão pela qual aprendi essa música foi para que eu e meu filho pudéssemos nos conectar por meio da música. Tenho dificuldade em dizer ‘não’ para coisas assim, cara. Eu a incluí no set algumas vezes, mesmo quando não estava lá. Eu continuo me perguntando se devo ou não fazer uma versão completa da banda apenas para fazer as pessoas pirarem, sabe? Você nunca pode dizer ‘nunca’, mas é muito engraçado.”
Corey Taylor e o amor pelo Sepultura
Recentemente, Corey Taylor também discutiu outra influência importante – desta vez, do Brasil. Em entrevista ao Tenho Mais Discos Que Amigos, o vocalista refletiu sobre como o Sepultura – em especial o álbum “Roots” – foi vital para o desenvolvimento do Slipknot.
“Cara, esse álbum [‘Roots’]… tem algo tão visceral e tão grosso nesse álbum, sabe? Foi um dos primeiros discos que eu ouvi que realmente me fez pensar, ‘Porra, cara, algum dia eu quero gravar um álbum que tenha essa sonoridade’. E aí, obviamente, trabalhar com o Ross [Robinson, produtor de ‘Roots’ e dos dois primeiros discos do Slipknot] foi meio que a chave pra gente. Mas esse álbum, cara… é tão pesado e é tão feroz, você quase consegue ouvir o sangue na garganta do Max [Cavalera], pelo amor de Deus!”
Taylor nunca escondeu seu amor por “Roots”, o colocando no seu Top 10 discos preferidos. Segundo o líder do Slipknot, o trabalho marcou um momento de transcendência para os brasileiros.
“É definitivamente o disco que cimentou o meu amor pelo Sepultura, porque obviamente eu já curtia eles desde o ‘Arise’ e só observei como eles se transformaram completamente em outra coisa. Tipo, eles começaram quase que como uma banda de metal técnico, e aí assisti-los construírem a própria trajetória passando pelo ‘Chaos A.D.’ e depois chegando no ‘Roots’, que foi a pura culminação de riffs absolutamente nojentos e, o que eu acho que as pessoas deixam passar despercebido às vezes, o groove que veio nesse álbum. Sabe, ele te faz querer dançar, querer bater cabeça, querer gritar, querer pegar uma bateria e tocar junto!
É um álbum bonito pra caralho e eu amo o fato de que também é uma valorização sensacional da cultura deles, de vocês, da música brasileira. É demais como eles foram capazes de pegar isso e criar algo realmente incrível que nunca tinha sido feito antes, na minha opinião.”
O trabalho de estúdio mais recente do Slipknot, “The End, So Far”, foi lançado em 2022. Desde então, o grupo tem rodado o mundo em turnê. Paralelamente, o cantor anunciou seu novo álbum solo, “CMF2”, para 15 de setembro.
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