Em momento algum da carreira Alice Cooper se resumiu a um subgênero do rock – ou até mesmo fora dele. Desde o começo com a banda, passando por quando assumiu o nome como uma carreira solo, o cantor flertou com diferentes influências, incluindo as de nomes das gerações posteriores ao seu surgimento.
Questionado pela revista Vulture sobre quais músicas gostaria de ter composto entre as de artistas mais recentes, o alter ego de Vincent Furnier escolheu um hino do grunge e outro do emo, respectivamente de 1991 e 2009.
“‘Teenagers’, do My Chemical Romance, é uma ótima música. Eu a ouvi isso e disse: ‘Como não escrevi isso?’ Ela e ‘Smells Like Teen Spirit’ do Nirvana. Quando escutei no rádio, pensei: ‘Droga, eu deveria ter composto aquela canção.’”
Cooper ainda deixou claro que não mudaria nada, especialmente na criação de Kurt Cobain. E aproveitou para citar outro grupo mais recente que o atraiu.
“Era perfeita porque ele falava pela sua geração, que eu não entendia muito bem, tanto a atitude quanto a linguagem. Mas eu ouvi a música e entendi. É muito difícil encontrar bandas que escrevam boas canções como um todo. É fácil escrever boas partes. A última banda que ouvi e que realmente me enlouqueceu foi o Strypes, com o álbum ‘Snapshot’ (2013). Não há um único momento lixo nele.”
Alice Cooper e “Road”
Na última sexta-feira (25), Alice Cooper lançou “Road”. Produzido por Bob Ezrin, o novo disco de estúdio contou com a banda de turnês do cantor, algo que nem sempre foi feito durante sua carreira.
O trabalho acabou ofuscado por conta de recentes declarações transfóbicas do artista, que acabou até mesmo tendo contrato rompido por conta do que falou. Ele ainda não se manifestou oficialmente após o ocorrido.
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