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Crítica: “The Witcher” passa por mudança de ritmo em 1ª parte de 3ª temporada

Ação dá lugar a intrigas políticas e relações entre personagens, o que funciona, apesar de intervalos impostos pela Netflix

Quando estreou em 2019, “The Witcher” conquistou os espectadores com ação, monstros e bons visuais. Tudo isso era conduzido por uma estrutura intrincada dividida em três períodos temporais.

Porém, já na segunda temporada ficou claro que o programa era algo bastante mutável, com alterações em toda sua estrutura. E isso acontece mais uma vez na terceira temporada, cuja primeira parte está disponível na Netflix.

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Menos ação, mais intrigas

A franquia tem fãs já antes da série; afinal, se originou em livros e ganhou fama mundial com os games. O público dessa última mídia é o que deve estranhar mais do que ninguém o andamento da nova temporada, onde a ação fica em segundo plano.

No lugar, há mais espaço para intrigas políticas e relações entre os personagens. Com tudo isso, não é exagero dizer que o clima lembra muito o sucesso “Game of Thrones”, só que com um desenvolvimento menos envolvente.

Até o protagonista Geralt (Henry Cavill) é jogado para escanteio. A temporada dá muito mais destaque para Yennefer (Anya Chalotra), o que faz sentido pelo rumo que a história tomou, mas com certeza decepciona os fãs de Cavill, ainda mais quando lembramos que essa é a última temporada do ator na série – ele será substituído por Liam Hemsworth na próxima.

Muda, mas funciona

A alteração de protagonismo e ritmo não é um problema, pois funciona para a história que está sendo contada. Mais importante: enriquece os personagens, que ganham um pouco mais de profundidade. Isso inclui até o coadjuvante cantor Jaskier (Joey Batey). Por outro lado, a princesa Ciri (Freya Allan) parece largada no meio do caminho, justo quando parecia que sua evolução seria o foco.

Mesmo que as cenas de ação estejam muito reduzidas, elas ainda têm êxito no pouco espaço que lhes restou, contando com bons efeitos especiais e monstros aterrorizantes. O visual das criaturas sempre ganha pontos pela originalidade em “The Witcher”.

Mas o que interessa mesmo desta vez é a ampliação da mitologia, do vasto mundo criado ao redor de Geralt e companhia. As diferenças e conflitos entre os diversos povos ficam mais claros.

Os problemas que a Netflix causa

O enredo da temporada está bastante interessante, com muitos jogadores entrando e saindo de cena. Aí, entra um problema muito comum em todas as séries da Netflix: os imensos intervalos entre as temporadas.

Mesmo com o resumo incluído no início de cada temporada, demoramos alguns episódios para lembrar quem são todos os personagens, o ponto em que suas tramas tinham parado na temporada anterior (isso quando não sumiram por mais de uma temporada). É difícil imergir num mundo onde alguns rostos você esqueceu quase completamente.

Quando você está conseguindo se adaptar, vem outro problema mais recente: a mania da Netflix em dividir as temporadas em volumes, quebrando todo o ritmo. Funciona para deixar o gostinho de quero mais, mas deixa a experiência menos imersiva.

O segundo volume da temporada estreia em 27 de julho e, se manter a qualidade vista até aqui, vai fechar bem a participação de Cavill na série.

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Leonardo Vicente Di Sessa
Leonardo Vicente Di Sessahttps://falaanimal.com.br/
Formado em Propaganda & Marketing, Leonardo Vicente acabou tragado pelo mundo dos quadrinhos e assuntos nerds, atuando como jornalista especializado na área desde 2001. Também revisor e editor, mantém o site Fala, Animal! e o podcast de mesmo nome, participando ainda da equipe da revista Mundo dos Super-Heróis e do podcast Mansão Wayne. É autor de livros como Os Cavaleiros das Trevas, O Homem que Ri e Prodígio: 80 Anos do Robin.

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Quando estreou em 2019, “The Witcher” conquistou os espectadores com ação, monstros e bons visuais. Tudo isso era conduzido por uma estrutura intrincada dividida em três períodos temporais.

Porém, já na segunda temporada ficou claro que o programa era algo bastante mutável, com alterações em toda sua estrutura. E isso acontece mais uma vez na terceira temporada, cuja primeira parte está disponível na Netflix.

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Menos ação, mais intrigas

A franquia tem fãs já antes da série; afinal, se originou em livros e ganhou fama mundial com os games. O público dessa última mídia é o que deve estranhar mais do que ninguém o andamento da nova temporada, onde a ação fica em segundo plano.

No lugar, há mais espaço para intrigas políticas e relações entre os personagens. Com tudo isso, não é exagero dizer que o clima lembra muito o sucesso “Game of Thrones”, só que com um desenvolvimento menos envolvente.

Até o protagonista Geralt (Henry Cavill) é jogado para escanteio. A temporada dá muito mais destaque para Yennefer (Anya Chalotra), o que faz sentido pelo rumo que a história tomou, mas com certeza decepciona os fãs de Cavill, ainda mais quando lembramos que essa é a última temporada do ator na série – ele será substituído por Liam Hemsworth na próxima.

Muda, mas funciona

A alteração de protagonismo e ritmo não é um problema, pois funciona para a história que está sendo contada. Mais importante: enriquece os personagens, que ganham um pouco mais de profundidade. Isso inclui até o coadjuvante cantor Jaskier (Joey Batey). Por outro lado, a princesa Ciri (Freya Allan) parece largada no meio do caminho, justo quando parecia que sua evolução seria o foco.

Mesmo que as cenas de ação estejam muito reduzidas, elas ainda têm êxito no pouco espaço que lhes restou, contando com bons efeitos especiais e monstros aterrorizantes. O visual das criaturas sempre ganha pontos pela originalidade em “The Witcher”.

Mas o que interessa mesmo desta vez é a ampliação da mitologia, do vasto mundo criado ao redor de Geralt e companhia. As diferenças e conflitos entre os diversos povos ficam mais claros.

Os problemas que a Netflix causa

O enredo da temporada está bastante interessante, com muitos jogadores entrando e saindo de cena. Aí, entra um problema muito comum em todas as séries da Netflix: os imensos intervalos entre as temporadas.

Mesmo com o resumo incluído no início de cada temporada, demoramos alguns episódios para lembrar quem são todos os personagens, o ponto em que suas tramas tinham parado na temporada anterior (isso quando não sumiram por mais de uma temporada). É difícil imergir num mundo onde alguns rostos você esqueceu quase completamente.

Quando você está conseguindo se adaptar, vem outro problema mais recente: a mania da Netflix em dividir as temporadas em volumes, quebrando todo o ritmo. Funciona para deixar o gostinho de quero mais, mas deixa a experiência menos imersiva.

O segundo volume da temporada estreia em 27 de julho e, se manter a qualidade vista até aqui, vai fechar bem a participação de Cavill na série.

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Leonardo Vicente Di Sessahttps://falaanimal.com.br/
Formado em Propaganda & Marketing, Leonardo Vicente acabou tragado pelo mundo dos quadrinhos e assuntos nerds, atuando como jornalista especializado na área desde 2001. Também revisor e editor, mantém o site Fala, Animal! e o podcast de mesmo nome, participando ainda da equipe da revista Mundo dos Super-Heróis e do podcast Mansão Wayne. É autor de livros como Os Cavaleiros das Trevas, O Homem que Ri e Prodígio: 80 Anos do Robin.

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