Para muitos fãs, o Sex Pistols é a definição do punk enquanto movimento que abalou as estruturas da música na segunda metade dos anos 1970. Para outros, a banda foi algo muito bem tramado para existir por tempo pré-determinado e implodir – o que, combinado ou não, foi exatamente como aconteceu.
Baixista do grupo nos primórdios e em reuniões posteriores, Glen Matlock não concorda com o rótulo. Em entrevista à mais recente edição da Classic Rock, o instrumentista ofereceu uma visão bastante peculiar sobre o tema.
“Quanto à minha banda, não éramos punks, éramos apenas os Sex Pistols. Para mim, os punks foram as bandas que surgiram depois de nós. Mas um nome fica. Na Inglaterra, foram Jonh Ingham, da Sounds, e Caroline Coon, da Melody Maker, que inventaram o termo. Nunca tínhamos ouvido ele antes. Apareceu na imprensa e as pessoas o adotaram.”
Anteriormente, Glen já havia dito ao Cryptic Rock, conforme resgate do Rock Celebrities:
“Não havia movimento quando começamos, ele veio depois. Agora tenho a sorte de viajar por todo o mundo, incluindo alguns lugares bastante estranhos e o punk se tornou sinônimo para pessoas cuja música é talvez um pouco mais inteligente nas entrelinhas e não se curva ao que se espera. Então, isso não é uma coisa ruim. Acho que o espírito ou a intenção é o mais importante.”
Glen Matlock hoje
Atualmente, Glen Matlock vem acompanhando o Blondie em turnê pela Europa como guitarrista. Ele substitui temporariamente Chris Stein, em tratamento por conta de problemas cardíacos. Em 2024, seguirá na estrada com o baterista do grupo, Clem Burke, na “Lust for Life Tour”.
No início do ano, o músico lançou o álbum “Consequences Coming”. É o quinto trabalho de estúdio do inglês com sua banda solo, The Philistines.
*Foto: Koen Suyk / CC0 1.0
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