Mick Mars admite que não curtia power ballads do Mötley Crüe

Apesar de compreender o que leva tantos fãs a gostar delas, guitarrista considera ver música de outra forma

Não dá para imaginar a carreira do Mötley Crüe sem as baladas. Apesar de já ter lançado álbuns icônicos como “Too Fast for Love” (1981) e “Shout at the Devil” (1983), o sucesso de “Home Sweet Home” elevou o grupo a outro patamar de popularidade. A música do disco “Theatre of Pain” (1985) fez com que a presença de uma faixa mais lenta e romântica se tornasse quase obrigatoriedade.

Mesmo com bons exemplares como “You’re All I Need”, “Without You” e “Don’t Go Away Mad (Just Go Away)”, um dos integrantes nunca se sentiu realmente confortável com o formato. Em entrevista à Rolling Stone, Mick Mars se aprofundou no assunto.

“Cansei das power ballads bem rápido. Sei que muitas pessoas realmente as amavam, mas eu queria ouvir algo com mais alma e profundidade.”

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O guitarrista procurou não criticar pessoas que gostam desse tipo de canção.

“Talvez eu apenas veja música de uma maneira diferente. E depois de algumas baladas, todas essas outras bandas agiram seguindo o exemplo. Lembro-me de pensar: ‘Ok, ok, ok. Já chega’.”

Mick Mars e Mötley Crüe

Atualmente, Mick Mars prepara o lançamento de seu primeiro disco solo. Pelo visto, não devemos esperar nenhuma balada no tracklist de “Another Side of Mars”. Quem já ouviu, garante se tratar de um trabalho com peso muito mais acentuado do que os trabalhos da agora antiga banda do músico.

Já o Crüe esteve recentemente gravando novas músicas com o produtor Bob Rock. Eles ainda não definiram se farão um disco completo ou singles avulsos. Porém, dá para imaginar que ao menos uma balada deve acabar saindo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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