Por que Kate Bush recusou abrir para o Fleetwood Mac em 1978

No auge da popularidade, banda queria cantora inglesa na última parte da turnê do megaplatinado “Rumours”

Apesar de todas as tensões internas – algumas delas públicas, inclusive –, o Fleetwood Mac estava no auge em 1978. Lançado no ano anterior, “Rumours” marcou a transição definitiva para a sonoridade pop/soft rock, após o início carregado no blues. Até hoje, mais de 45 milhões de cópias foram comercializadas, fazendo dele um dos discos mais bem-sucedidos da história da indústria fonográfica.

O quinteto já havia concluído as gravações de seu sucessor, “Tusk”. Porém, ainda tinha uma turnê norte-americana a cumprir até o lançamento.

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Foi quando surgiu a ideia de convidar Kate Bush para ser a atração de abertura. A cantora britânica já experimentava o sucesso com o single “Wuthering Heights”, que impulsionaria seu disco de estreia, “The Kick Inside” (1978). Foi a primeira composição de uma artista feminina a alcançar o topo da parada do Reino Unido.

No período, conforme observado pelo site Far Out Magazine, Bush também planejava uma turnê própria: a “The Tour of Life” a levou pela Europa em 24 datas na primavera de 1979. A produção incluía dançarinos, mímica, mágica, projeções, troca de figurinos e leituras.

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Kate Bush recusa turnê

Por estar preocupada com o planejamento de turnê própria, Kate Bush não aceitou a oferta de dividir o palco com o Fleetwood Mac. As ambições eram bem maiores. O formato de atração de abertura limitaria seu espetáculo.

A aposta em uma excursão como headliner deu certo. A “The Tour of Life” esgotou ingressos para a maior parte de suas datas, adicionando outras devido à demanda.

Porém, também ficaria marcada como a única turnê de Bush. Entre os motivos especulados, estão uma suposta indisposição para viagens, priorização da família ou até mesmo a morte de seu diretor de iluminação, Bill Duffield, posteriormente homenageado na música “Blow Away”.

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Fleetwood Mac e “Tusk”

O Fleetwood Mac acabaria lançando “Tusk” também em 1979. O play trazia a banda em um momento mais experimental, flertando com sonoridades da new wave. A produção custou US$ 1 milhão à época, chegando a quase quatro na conversão de valores atual, tornando-o o disco de rock mais caro de todos os tempos.

O trabalho vendeu 4 milhões de cópias. Apesar do número representativo quando analisado individualmente, foi um retrocesso considerando que se tratava do sucessor de “Rumours”, um dos discos mais vendidos da história.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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