Os maiores acertos e erros científicos de “Jurassic Park”

A ciência por trás da franquia até acertou em algumas coisas, mas também se equivocou em outras

“Jurassic Park” se tornou uma das franquias cinematográficas mais conhecidas do cinema. Lançada pelo famoso diretor Steven Spielberg, a obra trouxe os dinossauros como protagonistas, caiu no gosto do público e já conta com uma série de longas lançados, além de ter aparecido em outros tipos de mídia e produtos dos mais variados tipos.

Sabemos que a ciência por trás de “Jurassic Park” é fruto da ficção e está distante acontecer na vida real. Ainda assim, quais foram os acertos, do ponto de vista científico, da franquia? E quais foram os principais erros?

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Descubra a seguir!

Acertos e erros científicos de “Jurassic Park”

Os acertos de “Jurassic Park”

Algumas coisas sobre o Tiranossauro Rex

Nem seria preciso dizer que o Tiranossauro Rex é a grande estrela de “Jurassic Park”, tanto que está presente na marca da franquia cinematográfica. De fato, os filmes acertaram algumas coisas envolvendo o famoso predador.

Por exemplo, eles eram bem fiéis ao que os paleontólogos acreditam ter sido o visual real destes dinossauros. Em entrevista para a BBC, o paleontólogo Steve Brusatte, referência na área, já fez vários elogios para a versão cinematográfica do primeiro filme.

“Ainda é uma versão muito bem reproduzida, de verdade. Acho que, de longe, foi a versão mais precisa do T. Rex feita até então.”

O paleontólogo já confirmou também que esses dinossauros tinham uma ótima audição e olfato, coisas que foram fielmente retratadas nos filmes.

Mudança de sexo para reprodução

O primeiro filme logo explica para o público como os dinossauros voltaram a viver. Em uma animação, estrelada por um personagem chamado “Mr. DNA”, os cientistas de John Hammond (Richard Attenborough) conseguiram extrair o DNA de dinossauros a partir de amostras de sangue presente em mosquitos fossilizados em âmbar.

A equipe ainda combinou o DNA das criaturas com os de sapos para conseguir o sequenciamento correto do composto. E assim os dinossauros voltaram a existir.

Além disso, o filme revela que todos os dinossauros do parque eram fêmeas para evitar que se reproduzissem. No entanto, mais tarde, os protagonistas encontram ovos chocados das criaturas, e deduzem que isso foi culpa da presença dos genes de sapos.

Este foi mais um acerto da franquia, cientificamente falando. De fato, algumas espécies de sapos são capazes de mudar de sexo caso encontrem um ambiente dominado apenas por machos ou fêmeas.

E foi justamente isso que os dinossauros fizeram no filme.

Retratar dinossauros como animais, e não monstros

Por mais que tenha seus momentos assustadores, “Jurassic Park” acertou ao nunca retratar os dinossauros exatamente como monstros, mas sim como animais.

Assim como já acontece na natureza, alguns dinossauros eram mais inofensivos e até aceitaram uma interação com os humanos. Já predadores, certamente tomados por seu instinto, faziam o oposto. Da mesma forma que animais como leões e leopardos, por exemplo.

No fundo, os dinossauros queriam apenas sobreviver, assim como qualquer animal na natureza.

Dinossauros como animais inteligentes

“Jurassic Park” também teve um papel importante para a paleontologia por ter mostrado que os dinossauros eram, sim, animais inteligentes, e não como feras e bestas sem inteligência, a principal crença entre o público.

Como os filmes já retrataram, muitas espécies de dinossauros mostraram ter um certo nível de inteligência, como o fato de caçarem em grupo para maior sucesso, por exemplo.

Os erros de “Jurassic Park”

O próprio nome da franquia

Um dos principais erros de “Jurassic Park” está presente no próprio nome da franquia. O motivo é que a maior parte dos dinossauros que conhecemos não viveram na era jurássica e sim na cretácea, que foram separadas por alguns milhões de anos.

Cientificamente falando, a franquia deveria ter se chamado “Cretaceous Park”.

No entanto, podemos dar um desconto, já que “Cretaceous Park” não soa tão bem quanto “Jurassic Park”, não é mesmo?

O método usado para ressuscitar os dinossauros

Lembra do método usado para ressuscitar os dinossauros, que abordamos na parte dos acertos? Na realidade, ele é praticamente impossível de acontecer.

O motivo é que o DNA também possui decaimento, como qualquer material orgânico. Considerando que os dinossauros foram extintos há milhões de anos, seria impossível conseguir fazer a leitura do composto.

O paleontólogo Steve Brusatte já confirmou este fato. Na mesma entrevista concedida à BBC, o especialista revelou que é bastante improvável encontrar um pedaço de DNA de dinossauro que possa ser aproveitado para este fim

“Para você clonar um dinossauro, seria preciso ter todo o genoma, e ninguém nunca nem encontrou um pedacinho de DNA de dinossauro. Então, estamos falando de algo muito difícil, senão impossível.”

Outras coisas sobre o Tiranossauro

Por mais que “Jurassic Park” tenha até acertado algumas coisas sobre o Tiranossauro Rex, do ponto de vista científico, a franquia também cometeu alguns erros em outras.

Por exemplo, no primeiro filme, o protagonista Alan Grant (Sam Neill) pede para os netos de John Hammond não se mexerem perto de um Tiranossauro, ao alegar que as criaturas tinham uma visão ruim.

No entanto, estudos paleontólogos já confirmaram que o famoso predador, na realidade, tinha uma visão muito boa. Ela se equiparava a de aves de rapina, por exemplo.

Outro erro que vale ser citado é a velocidade destes dinossauros. Sim, eles podiam correr mais rápido que um ser humano, mas não na mesma velocidade de um carro, conforme retratado no filme original da franquia.

Muitas coisas sobre os Velociraptores

Depois do Tiranossauro, podemos dizer que a grande a estrela de “Jurassic Park” é o Velociraptor, o dinossauro que ficou famoso por sua velocidade. No entanto, a franquia também cometeu alguns erros científicos em relação a essa espécie.

Por exemplo, estudos já mostraram que eles eram bem menores em relação às criaturas retratadas na franquia. Os Velociraptores sequer chegavam à altura de um ser humano comum.

Outro erro cometido por “Jurassic Park” é que estes dinossauros tinham penas e mais lembravam um pássaro.

Por fim, assim como seus parentes distantes, eles também não tinham muitos músculos na face. Por consequência, eram incapazes de reproduzir grandes expressões faciais.  

Os demais dinossauros retratados

Por fim, a série de filmes também cometeu alguns deslizes em relação a outros dinossauros que apareceram no decorrer do tempo.

No terceiro filme, por exemplo, foi retratada uma luta entre um Tiranossauro e um Espinossauro. O primeiro erro desse embate é que as duas espécies sequer eram contemporâneas – elas existiram com um intervalo que varia entre 25 e 35 milhões de anos.

Além disso, o Espinossauro era conhecido por se alimentar apenas de peixes e, provavelmente, não teria qualquer chance de vencer uma luta contra um Tiranossauro.

O Dilophosauro também não foi fielmente retratado nos filmes da franquia. Este é aquele dinossauro que matou o personagem Dennis Nedry (Wayne Knight) no longa original.

Não existem evidências de que ele era capaz de cuspir veneno para cegar suas vítimas, como o primeiro filme retratou. Ao menos, ele realmente tinha um conjunto de penas na parte de trás do pescoço.

*As informações do texto são dos sites Screen Rant, Looper, BBC e Jurassic Wiki.

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Augusto Ikeda
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Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atua no mercado desde 2013 e já realizou trabalhos como assessor de imprensa, redator, repórter web e analista de marketing. É fã de esportes, tecnologia, música e cultura pop, mas sempre aberto a adquirir qualquer tipo de conhecimento.

1 COMENTÁRIO

  1. O artigo é interessante, mas queria pontuar algo.
    1) A luta entre o Espinossauro e o Tiranossauro ser um erro por “não terem sido contemporâneos”. Mas e daí? Lembre-se que, no filme, as duas espécies foram trazidas artificialmente ao mesmo período (o nosso), ao serem ressucitadas pelos humanos. Além disso, a interação entre os dois animais (luta) não depende de conhecer previamente a outra espécie, mas sim de observar seu oponente.

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