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Quando professor de guitarra de John Frusciante disse que ele era ruim

Comentário abalou guitarrista do Red Hot Chili Peppers, que era adolescente na época; ocasião também o aproximou do trabalho de Steve Vai

John Frusciante construiu uma carreira consolidada como guitarrista. O integrante do Red Hot Chili Peppers começou a tocar o instrumento ainda criança e, desde cedo, buscou por uma identidade musical. Mas nem sempre teve o trabalho elogiado ou reconhecido. 

Durante participação no “This Little Light”, podcast do baixista e colega de banda Flea, o artista disse que, na adolescência, fez uma única aula com um certo professor de guitarra por indicação de sua mãe. Como relembrou, conforme transcrição do site Music Radar, o profissional não gostou da forma que ele tocava e chegou a descrevê-lo como “ruim”:

“Minha mãe conheceu um cara em uma loja de comida saudável e disse para ele que o filho dela era um grande guitarrista. Então eu fui para a casa desse cara e levei umas boas gravações feitas por mim, inspiradas em Adrian Belew e Robert Fripp (King Crimson). Toquei para ele algumas dessas músicas, eu estava indo bem, no caminho certo. E esse cara disse: ‘quero ver você tocar uma escala de blues o mais rápido possível’. E eu toquei uma escala de blues o mais rápido que pude e ele disse: ‘isso não é rápido, você não é um bom guitarrista… esse barulho que você faz nas suas gravações é ok, mas se você não pode tocar uma escala rápida de blues, você não pode sair por aí dizendo às pessoas que é um bom guitarrista’.”

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Na opinião do professor, Tommy Bolin (Deep Purple) e Steve Vai eram exemplos no instrumento. Por isso, como “lição de casa”, entregou a Frusciante o álbum de estreia de Vai, “Flex-Able”, lançado em 1984. 

“Ele disse que eu poderia pegar o disco emprestado. Mas nunca mais voltei para a casa desse cara. A sensação de ouvir que eu não era um bom guitarrista era a pior coisa que eu poderia imaginar. Eu só queria ter certeza de que ninguém ia me dizer isso novamente.”

Relato do próprio Steve Vai

Depois da ocasião, o então jovem músico seguiu o conselho e mergulhou na obra de Vai, que virou uma de suas grandes inspirações:

“‘Flex-Able’ era um álbum muito diferente, com muitas variedades. A abordagem da guitarra era completamente distinta em cada canção. Isso virou minha referência. Eu já tinha começado a analisar algumas músicas de Frank Zappa e sabia que Steve Vai tocava guitarra em sua banda. Foi nessa época que Frank Zappa e Steve Vai se tornaram minha coisa favorita.”

Anos mais tarde, o membro do Red Hot Chili Peppers conseguiu contar toda a história para o próprio Steve Vai. Para a sua surpresa, o veterano também passou por um caso semelhante no passado.

“Eu realmente contei essa história para Steve Vai há uns cinco anos. Ele me fez sentir tão bem em relação a isso. Ele também me contou uma história sobre um professor de música que acabou com seu psicológico. Não consigo dizer o quão bom foi ter Steve Vai me entendendo.”

Sobre John Frusciante

Nascido em Nova York, John Anthony Frusciante se mudou com a mãe para Los Angeles e começou a participar da cena Punk local ainda na infância. Fez as primeiras gravações aos 14 anos, quando já tinha uma boa capacidade técnica como guitarrista.

Conheceu o Red Hot Chili Peppers e se aproximou da banda na juventude. Tornou-se membro pela primeira vez em 1988. Em suas três passagens já gravou seis álbuns. Os mais recentes, “Unlimited Love” e “Return of the Dream Canteen”, saíram ano passado. O primeiro chegou ao topo da parada americana.

Em sua carreira solo, já disponibilizou 13 discos e 7 EPs, realizando um trabalho mais experimental, com influências de ambient music e new wave. Também registrou parcerias como o Ataxia, com Josh Klinghoffer e Joe Lally, além do Trickfinger, pseudônimo que utilizou para um projeto eletrônico. Entre participações em estúdio, ao vivo e produções, colaborou com Glenn Hughes, The Mars Volta, Duran Duran, Wu-Tang Clan, Johnny Cash, Ziggy Marley George Clinton e Johnny Marr, entre outros.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

1 COMENTÁRIO

  1. ok tem uma historia musical e isso a gente respeita, ma eu como guitarrista tambem nao o considero como um bom guitarrista e sim competente no som que faz, mas longe de outros granes nomes do virtuose e do improviso e muito atras de guitarristas brasileiras que nao tiveram o mesmo palco.

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Durante participação no “This Little Light”, podcast do baixista e colega de banda Flea, o artista disse que, na adolescência, fez uma única aula com um certo professor de guitarra por indicação de sua mãe. Como relembrou, conforme transcrição do site Music Radar, o profissional não gostou da forma que ele tocava e chegou a descrevê-lo como “ruim”:

“Minha mãe conheceu um cara em uma loja de comida saudável e disse para ele que o filho dela era um grande guitarrista. Então eu fui para a casa desse cara e levei umas boas gravações feitas por mim, inspiradas em Adrian Belew e Robert Fripp (King Crimson). Toquei para ele algumas dessas músicas, eu estava indo bem, no caminho certo. E esse cara disse: ‘quero ver você tocar uma escala de blues o mais rápido possível’. E eu toquei uma escala de blues o mais rápido que pude e ele disse: ‘isso não é rápido, você não é um bom guitarrista… esse barulho que você faz nas suas gravações é ok, mas se você não pode tocar uma escala rápida de blues, você não pode sair por aí dizendo às pessoas que é um bom guitarrista’.”

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“Ele disse que eu poderia pegar o disco emprestado. Mas nunca mais voltei para a casa desse cara. A sensação de ouvir que eu não era um bom guitarrista era a pior coisa que eu poderia imaginar. Eu só queria ter certeza de que ninguém ia me dizer isso novamente.”

Relato do próprio Steve Vai

Depois da ocasião, o então jovem músico seguiu o conselho e mergulhou na obra de Vai, que virou uma de suas grandes inspirações:

“‘Flex-Able’ era um álbum muito diferente, com muitas variedades. A abordagem da guitarra era completamente distinta em cada canção. Isso virou minha referência. Eu já tinha começado a analisar algumas músicas de Frank Zappa e sabia que Steve Vai tocava guitarra em sua banda. Foi nessa época que Frank Zappa e Steve Vai se tornaram minha coisa favorita.”

Anos mais tarde, o membro do Red Hot Chili Peppers conseguiu contar toda a história para o próprio Steve Vai. Para a sua surpresa, o veterano também passou por um caso semelhante no passado.

“Eu realmente contei essa história para Steve Vai há uns cinco anos. Ele me fez sentir tão bem em relação a isso. Ele também me contou uma história sobre um professor de música que acabou com seu psicológico. Não consigo dizer o quão bom foi ter Steve Vai me entendendo.”

Sobre John Frusciante

Nascido em Nova York, John Anthony Frusciante se mudou com a mãe para Los Angeles e começou a participar da cena Punk local ainda na infância. Fez as primeiras gravações aos 14 anos, quando já tinha uma boa capacidade técnica como guitarrista.

Conheceu o Red Hot Chili Peppers e se aproximou da banda na juventude. Tornou-se membro pela primeira vez em 1988. Em suas três passagens já gravou seis álbuns. Os mais recentes, “Unlimited Love” e “Return of the Dream Canteen”, saíram ano passado. O primeiro chegou ao topo da parada americana.

Em sua carreira solo, já disponibilizou 13 discos e 7 EPs, realizando um trabalho mais experimental, com influências de ambient music e new wave. Também registrou parcerias como o Ataxia, com Josh Klinghoffer e Joe Lally, além do Trickfinger, pseudônimo que utilizou para um projeto eletrônico. Entre participações em estúdio, ao vivo e produções, colaborou com Glenn Hughes, The Mars Volta, Duran Duran, Wu-Tang Clan, Johnny Cash, Ziggy Marley George Clinton e Johnny Marr, entre outros.

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  1. ok tem uma historia musical e isso a gente respeita, ma eu como guitarrista tambem nao o considero como um bom guitarrista e sim competente no som que faz, mas longe de outros granes nomes do virtuose e do improviso e muito atras de guitarristas brasileiras que nao tiveram o mesmo palco.

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