Lançado em 1988 pelo Guns N’ Roses, o álbum “GN’R Lies” (ou só “Lies”) teve um ótimo desempenho comercial na época. Com apenas oito faixas, o disco alcançou o segundo lugar da parada americana Billboard 200 e vendeu mais de 5 milhões de cópias nos Estados Unidos.
Composto por quatro músicas acústicas (três inéditas e uma versão de “You’re Crazy”) além de outras quatro retiradas do EP “Live ?!*@ Like a Suicide” (1986), o projeto veio logo após a impactante estreia da banda com “Appetite for Destruction” (1987), trabalho que levou quase um ano até estourar. De acordo com Slash, a criação e a gravação de “Lies” aconteceram naturalmente e sem muito planejamento, enquanto ainda promoviam o primeiro trabalho de estúdio.
Em entrevista ao Yahoo Entertainment (via MetalCastle), o guitarrista detalhou o processo e explicou por que o Guns N’ Roses optou por faixas acústicas no disco:
“Esse não foi o tipo de álbum que realmente planejamos. Nós tínhamos lançado ‘Appetite for Destruction’, estávamos em turnê e tínhamos algumas músicas que sempre tocávamos acusticamente. Muitas músicas do Appetite foram compostas assim. Então tínhamos músicas compostas acusticamente e as gravamos dessa maneira. Entramos em um estúdio e as colocamos para fora muito rapidamente. Elas eram muito espontâneas e foram feitas em uma tomada só, então era bem livre, não havia muito planejamento.”
Guns N’ Roses e a polêmica “One in a Million”
Durante o mesmo bate-papo, o músico comentou a controvérsia em torno de “One in a Million”, última faixa de “Lies”. A canção usa um termo racista (“n*gg*r”) e fala de imigrantes, negros e homossexuais de forma pejorativa. Na opinião de Slash, se existisse internet antigamente, o Guns N’ Roses teria sido cancelado não só por causa da música, mas por diversos outros motivos.
“Para ser honesto, eu realmente não pensei sobre isso nos últimos tempos. Mas a maior parte de tudo o que o Guns N’ Roses fez teria nos cancelado hoje em dia. Com certeza não teríamos nos saído bem nesse meio, em muitos níveis. Muitas coisas daquela época não seriam aceitáveis nesse momento. Estou feliz que não tínhamos internet, teria sido um mundo completamente diferente. De qualquer forma, não fico preso a isso.”
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Facebook | YouTube.