Symphony X atrapalhado por falhas técnicas
*Por Igor Miranda
Como Doro, outra atração que retornava aos palcos em 2023 era o Symphony X. Um hiato ainda maior, aliás: enquanto a banda da cantora alemã não se apresentava ao vivo desde dezembro último, o grupo americano fazia seu primeiro show desde agosto, quando realizou uma turnê justamente pela América Latina, com quatro datas pelo Brasil ainda em julho.
Não havia novo trabalho a divulgar – “Underworld”, o álbum mais recente, saiu em 2015 –, portanto, a performance oferecida no Monsters of Rock por Russell Allen (voz), Michael Romeo (guitarra), Michael Pinnella (teclados), Michael LePond (baixo) e Jason Rullo (bateria) foi uma versão enxugada do show visto por aqui em 2022. Das sete canções do repertório, quatro vieram do último disco – “Nevermore”, “Without You”, “Kiss of Fire” e “Run with the Devil”. Duas foram extraídas de “Paradise Lost” (2007) – “Serpent’s Kiss” e “Set the World on Fire” –, enquanto “Sea of Lies” representou “The Divine Wings of Destiny” (1996).
Talvez este tenha sido o primeiro pecado do show, já que faltou representar mais fases de um grupo que, embora tenha bases fincadas no prog e até power metal, naturalmente soou distinto ao longo de sua discografia. Contudo, o grande problema foi técnico. Antes mesmo dos músicos iniciarem a apresentação, dava para notar que havia alguma questão de som dando dor de cabeça aos músicos e outros profissionais. Ao longo de todo o set, a guitarra embolada de Michael Romeo e os chiados durante a reprodução de alguma base pré-gravada (geralmente algum elemento sinfônico) mostraram que as falhas não foram solucionadas.
Como cereja deste infortúnio bolo, um problema de retorno nos primeiros segundos na música final, “Set the World on Fire”, deixou Allen visivelmente irritado. Chegou ao ponto de o cantor ter demonstrado insatisfação com a equipe técnica na lateral e atirado o pedestal de seu microfone para trás.
Seja por falhas técnicas, escolha de repertório ou até por estar deslocado em um lineup orientado ao clássico, o que se viu no palco do Allianz Parque entre 12h33 e 13h13 não foi o melhor cartão de visitas. Como resultado, o público não abraçou o show. Num intervalo entre músicas, Russell chegou a perguntar se os presentes estavam “acordados”. Em outro, pareceu ironizar: “Onde fumo um desses para ficar tão animado quanto vocês?”.
Uma pena que tal sucessão de eventos tenha tirado o brilho de um grupo competente no que faz. Allen e dono de voz poderosíssima e Romeo certamente está entre os guitarristas mais habilidosos do planeta. A veloz “Sea of Lies”, a balada “Without You” e especialmente a intensa “Set the World on Fire” arrancaram reações mais entusiasmadas da plateia, mas não dá para negar que Doro conseguiu empolgar bem mais.
*Fotos de Gustavo Diakov / @xchicanox. Role para o lado para visualizar todas. Caso as imagens apareçam pequenas, atualize a página.
Repertório – Symphony X:
- Nevermore
- Serpent’s Kiss
- Sea of Lies
- Without You
- Kiss of Fire
- Run With the Devil
- Set the World on Fire (The Lie of Lies)
Estive no show de BH, foi espetacular o show e bem legal ver o publico mesclado com com crianças , adolescentes, jovens e os tiozões.
Fui ontem ver o Deep Purple aqui em Curitiba.
Na minha opinião o comentário ao qual vc escreve que foi um show fraco, palha, pueril (fui atrás do significado) , ou é de maldade, ou não curte, ou não viu.
DEEP PURPLE É SELO DE GARANTIA!!!
É LENDA!! É QUALIDADE!!!
… ficar comparando com esse ou aquele é coisa de menininha ingrata, insatisfeita …de piazinho de prédio q nunca vai na rua jogar bola pois tem medo
RESPEITA AS COISA DO ROCK … poser
caso n tenha sido vc quem escreveu .. azar
Fabio, em nenhum momento qualquer pessoa neste site disse que o Deep Purple fez um show “fraco”, “palha” ou “pueril”. Nem eu, nem qualquer outro colaborador. Recomendo releitura atenta dos textos antes de publicar comentários.