Adrian Smith se juntou ao Iron Maiden em 1980, após o lançamento do álbum de estreia, mas demorou um tempo para contribuir com composições. O guitarrista participou de “Killers” (1981), segundo disco, mas foi apenas no sucessor que ele se sentiu confortável em submeter suas composições à avaliação dos colegas.
Em entrevista à Classic Rock, Smith revelou que a necessidade de contribuir com a banda o levou a enfrentar a vergonha e apresentar aos demais músicos suas ideias. “The Prisoner”, faixa de “The Number of the Beast” (1982) foi sua primeira composição usada.
“Eu tinha muita vergonha de mostrar minhas músicas à banda. Era doloroso sentar diante de seus colegas e falar ‘essa é minha ideia’, tendo eles apenas olhando para você. Mas eu achei que se eu queria ficar na banda, ficaria muito frustrado se não contribuísse com ideias. Felizmente, com ‘The Prisoner’, Steve (Harris, baixista e líder) gostou do que ouviu.”
No mesmo álbum, outra obra de Smith foi usada. Deixando a vergonha para trás, o músico apresentou uma composição antiga, “Countdown”, que no trabalho foi rebatizada como “22 Acacia Avenue”.
No artigo “Como o Iron Maiden ganhou forma e fez história com ‘The Number of the Beast’”, você confere os bastidores da produção do terceiro álbum da banda, assim como a reinvenção da sonoridade com a chegada do vocalista Bruce Dickinson.
Adrian Smith chega ao Iron Maiden
Em entrevista de 2021 à Cryptic Rock (via Blabbermouth), Adrian Smith traçou paralelos entre sua entrada no Iron Maiden em 1980 e seu retorno em 1999, após 9 anos fora. O músico destacou uma postura introspectiva em sua primeira passagem e um amadurecimento durante o afastamento que melhorou a experiência de estar na banda.
“Eu gostaria de saber o que sei agora. [Risos] Na verdade, estou em uma posição única porque deixei o Iron Maiden por nove anos e depois voltei. Quando eu estava na banda pela primeira vez, ainda era um garoto. Não tinha nenhuma experiência fora de estar em uma banda para comparar qualquer coisa. Ficava muito introspectivo, em meu próprio mundinho. Tendo deixado a banda, me casado, tendo filhos, cuidando de uma casa e estando no mundo real… isso dá a você uma perspectiva diferente. Ter uma segunda chance de entrar na banda foi incrível. Provavelmente gostei mais da segunda vez, então tive sorte nesse aspecto. Acho que pude voltar e fazer as coisas de uma maneira melhor na segunda vez. Gostei mais apenas pelo benefício de ter uma folga e ter uma perspectiva melhor sobre isso.”
Em 1990, Smith se afastou do Iron Maiden para se dedicar a uma carreira solo. Ele também estava descontente com os rumos de sua banda de origem e o ritmo intenso de atividades na estrada.
O período também rendeu uma colaboração do guitarrista com Bruce Dickinson também em carreira solo, com destaque para os álbuns “Accident of Birth” (1997) e “The Chemical Wedding” (1998). Por fim, em 1999, a dupla se juntou ao Iron Maiden para uma das reuniões mais aguardadas do heavy metal.
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Saída de banda foi um movimento comum nos 80′, quando o rock fervia e tudo que ferve salta da panela. Mas o Iron Maiden felizmente foi maior que os egos, se recompôs e virou história e Bruce e Adrian, lendas. Disparado minha banda de metal preferida!