Após os cancelamentos dos shows em Porto Alegre e Brasília, que aconteceriam na última terça (21) e quarta-feira (22), o produtor da turnê latino-americana do Mayhem se manifestou através do Instagram. Ruben Barros não falou diretamente sobre as acusações sofridas pelos noruegueses, se limitando a agradecer aos fãs e envolvidos na excursão.
Diz a nota:
“Mais uma página foi escrita na história do Mayhem na América Latina. Lembro-me de quando começamos a conversar com o Attila (Csihar, vocalista) há 15 anos, quando ele dirigia a banda. Ainda estamos trabalhando juntos e a banda vem crescendo muito desde então. Eles ainda são uma lenda e continuam entregando músicas únicas para pessoas extremas como nós. Obrigado a todos os promotores do México, Costa Rica, Chile, Argentina e especialmente do Brasil que trabalharam incansavelmente e cuidaram de nós em todos os momentos, apesar das circunstâncias, vocês são realmente profissionais. Muito obrigado a todos os nossos amigos brasileiros também. Obrigado por nos receber. Nós vamos voltar. O passado está vivo…”
Mayhem no Brasil
As apresentações do Mayhem entraram na mira das autoridades após uma série de denúncias online sobre posicionamentos neonazistas dos músicos, além de declarações de cunho racista proferidas em vários momentos da carreira.
O evento no Rio Grande do Sul foi cancelado com dias de antecedência, enquanto o concerto na capital nacional foi impedido de ocorrer após a banda de abertura ter se apresentado e os organizadores serem ameaçados de prisão.
O baterista Jan Axel Blomberg, conhecido artisticamente como Hellhammer, entrou para o Mayhem em 1988. No livro “Lords of Chaos: A Sangrenta História do Metal Satânico Underground” — lançado pela primeira vez em 1998 a respeito da história do Black Metal norueguês —, o baterista disse que o “black metal é para pessoas brancas” (via AV Club).
Já em 2004, em entrevista ao site ThyDoom, a declaração foi outra:
“Eu não dou a mínima se os fãs são brancos, pretos, verdes, amarelos ou azuis. Para mim, música e política não andam de mãos dadas.”
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