No último mês de janeiro, o Twisted Sister se reuniu para ser homenageado pelo Heavy Metal Hall of Fame. A banda se apresentou no festival e foi condecorada como integrante da novata instituição, que visa se contrapor e tentar corrigir injustiças do maior e mais famoso Rock and Roll Hall of Fame.
Durante entrevista ao Ultimate Guitar, o vocalista Dee Snider refletiu sobre o motivo de o heavy metal não ser tão exaltado mundo afora, mesmo contando com grandes músicos e um público fiel. O frontman entende que se trata de uma questão cultural, alimentada pela mídia generalista.
“Não estou hesitando aqui ou dizendo que é você diretamente, mas culpo os escritores e jornalistas. Eles historicamente f*deram com várias formas de música, mudando seu curso para sempre. Pesquisei muito sobre o que estou falando e deixe-me dizer – é uma teia escura de m*rda. Os jornalistas tendem a banalizar a música, querem apelidá-la e depois descartá-la como uma moda passageira. Aconteceu com blues, jazz, grunge, heavy metal, punk e muito mais.”
Como exemplo primordial, o cantor cita um termo depreciativo pelo qual sua própria banda foi conhecida no auge da carreira.
“Pegue ‘hair metal’, por exemplo; esse foi o nome dado a essa forma de rock por um jornalista que queria classificá-la em um nicho. Mesma coisa o jazz, que era um apelido para algo frívolo e bobo, na visão deles. Rotularam o blues com esse nome porque sentiram que as pessoas que o tocavam estavam reclamando e lamentando. Então, esses não foram nomes que as pessoas que tocaram essa música aplicaram quando ela foi lançada; foi feito por outras pessoas. E então chegamos ao heavy metal. O Led Zeppelin era chamado assim, mas eles não eram heavy metal.”
Com isso, Dee entende que o metal foi marginalizado.
“As pessoas não querem acreditar que é real ou tem valor, mas tem. Chamam Iggy Pop de música punk, mas há milhares de entrevistas em que ele se declara contra isso. E os caras do grunge odiavam esse termo porque, para eles, era outro exemplo de pessoas relegando a música que não era real. Foi como: ‘Você é a música grunge. Você não é rock de verdade. Você é o grunge rock.’”
Sobre o Twisted Sister
Ativo de 1972 a 1988 e novamente entre 2003 e 2016, o Twisted Sister lançou 5 álbuns de músicas inéditas, todos em sua primeira fase. O maior sucesso foi “Stay Hungry”, disponibilizado em 1984. Impulsionado pelos hits “We’re Not Gonna Take it” e “I Wanna Rock”, o trabalho vendeu mais de 8 milhões de cópias em todo o mundo.
Sobre Dee Snider
Nascido em Nova York, Dee Snider entrou para o Twisted Sister em 1976. Apesar de a banda já existir à época, assumiu a liderança, sendo responsável pela composição das músicas.
Após o primeiro fim da banda, se juntou a Bernie Tormé, Clive Burr e Marc Russel no Desperado. O grupo existiu entre 1988 e 1990, mas teve seu único disco, “Bloodied But Unbowed”, lançado apenas em 1996.
De 1991 e 1994 comandou o Widowmaker. Novamente com o baixista Marc Russel e o baterista Joey Franco, além do guitarrista Al Pitrelli, lançou dois discos antes da separação.
Em carreira solo, lançou uma série de discos, além do Van Helsing’s Curse, espetáculo teatral onde era narrador e atuava.
Entre várias aparições em TV e rádio, atuou como apresentador do “Heavy Metal Mania”, primeiro programa especializado no gênero a ser produzido pela MTV.
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Também concordo, Led Zeppelin não é Heavy Metal…tem alguma coisa ali escondida, dessa coisa escondida foi tirada também para o termo Heavy metal!!!!
O Metal é Undeground, fato…o som das bandas de metal né é bem vinda em rádios e afins, o que importa mesmo é ter um refrão meloso e que hipnotiza a maioria das pessoas que não buscam muito o propósito do som, apenas mesmo ter um ritmo contagiante e que lembre de uma namorada ou namorado, amor e assim vai, pelo menos na música brasileira!!!! valeu!!!!