Os ingressos mais à frente do palco são os mais disputados pelo público. Que o diga a polêmica Pista VIP, alvo de discussões inacabáveis. Porém, nem todo artista dá prioridade aos mais abastados em detrimento a possíveis fãs mais fiéis, porém menos endinheirados. O caso mais famoso é o de Billy Joel.
O cantor e pianista não vende as entradas das primeiras fileiras em seus espetáculos. Durante aparição no talk show Jimmy Kimmel Live, ocorrida em 2017 e transcrita pelo Showbiz CheatSheet, o astro explicou o que prefere fazer.
“Os ingressos da primeira fila são sempre de alguém que pagou muito dinheiro para ser um figurão, sentir-se especial por estar ali. Então, há uns 25 anos decidi: ‘que se dane, os verdadeiros fãs ficam lá atrás’. Desde então, membros da minha equipe vão até os assentos do fundo e dão os ingressos para eles. Assim, posso ver quem gosta de mim de verdade enquanto toco.”
A ação ocasiona perdas entre US$ 20 mil e US$ 50 mil por noite, de acordo com cálculos recentes feitos por fãs. Mas Joel não se importa. Com a vida resolvida, ele prioriza a experiência.
Billy Joel atualmente
Atualmente, Billy Joel está em turnê pelos Estados Unidos junto de Stevie Nicks. Shows estão marcados até o mês de dezembro, ocorrendo de forma esporádica.
Há algum tempo o cantor e pianista não lança mais músicas inéditas. O último álbum de originais do cantor e pianista com seus vocais, “River of Dreams”, saiu em 1993, enquanto seu material de estúdio mais recente, “Fantasies & Delusions”, de 2001, apresenta apenas composições clássicas instrumentais tocadas pelo pianista Richard Hyung-ki Joo.
Já em relação aos singles, “All My Life” e “Christmas in Fallujah” (com a participação de Cass Dillon), ambos de 2007, são os mais “atuais”. Desde então, sem novidades gravadas pelo músico.
Em entrevista ao jornal Los Angeles Times, o artista de 73 anos explicou por que parou de disponibilizar novas músicas. Ele não tinha planos de deixar as composições de lado, porém isso aconteceu naturalmente devido à falta de criatividade.
“Eu não tinha mais a mesma motivação. Você precisa de inspiração para criar uma boa música nova, e se você não a tiver, não fique preocupado. Pare com o trabalho forçado, pelo amor de Cristo.”
Joel complementou, afirmando o quão exaustiva a atividade de compor se tornou para ele.
“Chegou a um ponto em que estava ficando excruciante para mim compor, o prazer em fazer isso acabou. Li agora uma citação interessante do [escritor] Ernest Hemingway. Alguém perguntou ‘por que é tão fácil para mim ler suas coisas?’ e Hemingway disse ‘porque foi muito difícil para mim escrever’.”
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