Andreas Kisser comemorou recentemente três anos de sobriedade. O guitarrista do Sepultura decidiu parar de beber pouco antes do início da pandemia, por acreditar que o álcool ditava muitas de suas decisões.
Para celebrar a marca, ele compartilhou no Instagram um texto, junto de uma lista com as melhores cervejas sem o componente alcoólico, como forma de incentivar quem gostaria de abandonar a substância.
“Estou comemorando três anos sem álcool na minha vida! Para mostrar que você pode continuar bebendo cerveja depois que você para, aqui está uma boa seleção de cervejas sem álcool que são de muito bom gosto! Todo o amor do mundo para todos vocês! Obrigado especial à minha família, Giulia, Yohan e Enzo.”
Entre as recomendações, estão as versões não alcoólicas de bebidas das marcas Franziskaner Weissbier, Mahou, Stella Artois, Infinite IPA, Erdinger, Guinness, Royal, Gösser e Bavaria Holland Wit. Na postagem, que pode ser conferida abaixo, há fotos dos rótulos de cada uma delas.
Andreas Kisser e a sobriedade
Anteriormente, em entrevista ao site Audio Ink Radio (via Whiplash), Kisser explicou com detalhes por que optou por tirar o álcool de sua vida. Ele não tinha o costume de beber diariamente, mas sentia que dependia disso para tomar muitas decisões, como escolher os lugares que frequentaria com sua família.
“Foi uma decisão comigo mesmo, uma vez que percebi que era um escravo do álcool, pois em tudo o que eu fazia o álcool era um grande fator na tomada de decisões. Que tipo de lugares iríamos. Que tipo de férias nós faríamos. O álcool foi muito influente – 70% de tudo que escolhi foi por causa do envolvimento com o álcool. Não importa se foi com minha família ou amigos ou o que quer que seja, o álcool era mais importante. […] Eu não bebia todos os dias. Não era como se eu estivesse em casa me entupindo de álcool, mas esse fator de escolha realmente me pareceu algo que eu não poderia continuar assim.”
Depois de perceber o grau de importância que dava para as bebidas alcóolicas e parar de vez de tomá-las, o guitarrista conta que automaticamente perdeu a vontade que tinha de consumi-las.
“Eu sou melhor do que isso, ser escravizado por uma maldita bebida alcoólica. As pessoas ao meu redor tinham que ser mais importantes do que uma p*rra de uma bebida. Assim que ficou claro para mim, eu parei e nunca mais tive vontade de beber, o que é estranho.”
Durante uma bate-papo no podcast da Roadie Crew (também via Whiplash) no ano passado, o músico afirmou que parar com o álcool “foi a melhor coisa que aconteceu”. Ele relatou mais disposição para realizar shows e para lidar com a rotina do dia a dia e revelou ainda a prática de meditações.
“É muito diferente. Os dias ficam com mais energia. Acordo melhor, os shows são mais enérgicos. Meu corpo responde melhor (…). Foi a melhor coisa que fiz antes da pandemia. Não só pela pandemia, mas consegui uma rotina que sempre reclamava que não tinha. Nunca tive, desde 1989! Aproveitei muito isso, parei de beber, comecei a fazer meditações e respirações. Estudei muito violão também.”
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