O baixista e vocalista Gene Simmons concedeu entrevista exclusiva à nova edição da revista Rock Candy. Na matéria de capa, o músico reflete sobre as mudanças que ocasionaram o fim da formação original do Kiss, na virada dos anos 1970 para os 80.
A primeira foi a saída do baterista Peter Criss. E ao contrário da percepção de boa parte da base de fãs, o Demon deixa claro que a banda não estava dividida, com ele e Paul Stanley de um lado, o Catman e Ace Frehley do outro. O guitarrista solo concordou com os “patrões” em relação à mudança.
“Os três – Paul, Ace e eu – votaram a favor da saída de Peter. Seguramos a situação o quanto podíamos, mas ele estava sabotando nosso trabalho. Você sempre torce para que as pessoas tomem atitudes para mudar ou evitar que a situação se agrave, mas nem sempre acontece. A solução é buscar outros membros.”
Em relação a Frehley, Gene reconhece os méritos do colega em relação a tentar fazer com que o grupo não embarcasse na experiência que gerou o álbum “(Music From) The Elder”. Porém, já era tarde demais.
“Ele merece créditos por ter dito que não era boa ideia. Queria que continuássemos sendo uma banda de rock. O problema é que já estava afundado nas drogas e álcool àquela altura. Chegou a um ponto em que não havia mais retorno. A ideia de que Ace saiu por conta do ‘The Elder’ simplesmente não é verdade.”
Kiss e “(Music From) The Elder”
Lançado em 10 de novembro de 1981, “(Music From) The Elder” marcou o reencontro do Kiss com o produtor Bob Ezrin, cinco anos após o sucesso alcançado em “Destroyer”. Mostrava o grupo buscando uma sonoridade com influências sinfônicas e uma temática conceitual que nem eles foram capazes de explicar sem se atrapalhar.
Marcou a estreia em estúdio do baterista Eric Carr. Lou Reed e Tony Powers colaboram como coautores em parte do tracklist. Com o tempo ganhou status de cult, mas o fracasso mercadológico foi tão grande que nem houve uma turnê para divulgação.
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