O King Gizzard & the Lizard Wizard afirmou que está fora da edição de 2023 do festival Bluesfest, realizado em Byron Bay, na Austrália. A banda tinha sido anunciada no evento em agosto do ano passado, mas decidiu abandonar o lineup.
O motivo é a confirmação de Sticky Fingers como uma das atrações. O vocalista do grupo em questão, Dylan Frost, foi acusado de racismo, transfobia e violência há alguns anos.
Em comunicado nas redes sociais, o King Gizzard & the Lizard Wizard explicou:
“Como banda e como seres humanos, nos posicionamos contra a misoginia, o racismo, a transfobia e a violência. Estamos surpresos e tristes ao ver que o Bluesfest terá uma atração completamente oposta a esses valores.
Por causa dessa decisão do festival, decidimos cancelar nossa apresentação no Bluesfest. Estamos profundamente desapontados por estarmos nesta posição, mas às vezes é preciso estar disposto a fazer sacrifícios para defender seus valores. Esse é, infelizmente, um desses momentos.”
Diante da controversa escalação do Sticky Fingers, o diretor do festival, Peter Noble, defendeu a banda em entrevista ao jornal Sydney Morning Herald:
“Em que momento vamos perdoar Dylan e mostrar compaixão pelos seus esforços em tentar amadurecer? Parem de viver no passado, vivam o agora e deixem Frost ser quem é, que é um grande artista.”
Acusações envolvendo Dylan Frost
Em 2016, Dylan Frost teria xingado e perseguido a cantora Thelma Plum em um pub em Sydney e gritado comentários racistas durante um show da banda Dispossessed. Pouco tempo depois, o músico revelou que foi diagnosticado com esquizofrenia bipolar e declarou que seu comportamento vinha sendo inaceitável. Por isso, iria para a reabilitação, a fim de cuidar de sua saúde mental e tratar sua dependência ao álcool. Na época, o Sticky Fingers entrou em hiato.
Posteriormente, em 2018, ele relembrou a situação com o Dispossessed e outros de seus comportamentos polêmicos e pediu desculpas por meio de um post no Facebook. No mês seguinte, Frost foi alvo de queixas transfóbicas (negadas por um porta-voz), desta vez vindas da modelo e escritora trans Alexandra V. Tanygina.
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