Lançado em 19 de outubro de 2018, “Anthem of the Peaceful Army” foi o primeiro álbum completo do Greta Van Fleet. O trabalho foi disponibilizado após a banda ter estourado com o EP “From the Fires”, que havia ganhado o Grammy no ano anterior.
O disco chegou ao 3º lugar na Billboard 200, principal parada dos Estados Unidos, além de ter sido Top 10 em outros onze países. Chegou até mesmo a alcançar premiação de ouro no Canadá e Polônia, além de platina na Itália, algo cada vez mais raro para um grupo de rock.
Porém, como nada é unanimidade, muita gente “descascou” o quarteto, especialmente pelas semelhanças com o Led Zeppelin, que foram se diluindo com o passar da carreira. Uma das críticas mais contundentes veio do tradicional site Pitchfork, que deu nota 1,6 de 10 ao play.
Jeremy Larson, editor-chefe da sessão de reviews, classificou o álbum como “entre o ignorável e o imperdoável”. E acrescentou:
“O Greta Van Fleet se preocupa tão profundamente e são tão preciosos com seu fetichismo boomer incompleto que mimaram cada impulso do rock ‘n’ roll do final dos anos 60 em um arrasto interminável de 49 minutos. Cada música aqui poderia ser escrita ou tocada por qualquer uma das milhares de bandas cover de rock clássico que fazem shows permanentes em bares esportivos e de motociclistas em toda a América (os mesmos locais onde o Greta Van Fleet começou quando eram crianças).”
Como esperado, vários leitores manifestaram indignação com a resenha. Um comentarista na mídia social chamou de “uma das coisas mais pretensiosas que já li”, enquanto outro disse: “Esta crítica me deixou sem fôlego. Devastadora”.
Notas baixas e Greta Van Fleet
Durante participação no podcast oficial do site (transcrição via Loudwire), Jeremy Larsson revelou que sua percepção não mudou com o passar dos anos. Porém, ressaltou que o staff tem sido mais brando em suas críticas, não concedendo nota zero a um disco há muito tempo.
“Acho que não temos a linguagem crítica para dizer que a música da qual estamos falando agora é tão totalmente tóxica que nem deveria ser abordada.”
E apesar dos sentimentos negativos, ele reconhece que a crítica ao álbum do GVF marcou época.
“O Instagram acabou de me mostrar uma foto de duas pessoas na primeira fila de um show do Greta Van Fleet segurando uma placa que dizia: ‘Nós tocamos a campainha da casa de Jeremy Larson’. O importante é que mesmo com essas notas baixas não acho que prejudicamos a carreira de ninguém.”
Sobre o Pitchfork
O Pitchfork existe desde 1995, sendo um dos mais antigos sites musicais ainda na ativa. O criador é Ryan Schreiber, que desenvolveu a página enquanto trabalhava em uma loja de discos no subúrbio de Minneapolis.
Posteriormente, a sede mudou para Chicago e atualmente está em Nova York, sob administração do grupo midiático Condé Nast. Estima-se que a audiência em anos recentes gire em torno de 170 mil leitores diários.
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