Iggy Pop diz que recusou convite para entrar no AC/DC

Precursor do punk não deixou claro quando a proposta ocorreu – e fica meio difícil encaixar em algum momento da história da banda, para ser sincero

Alguém conseguiria imaginar Iggy Pop à frente do AC/DC? Pois o próprio revelou, em entrevista ao New York Times, que a ideia realmente lhe foi proposta.

Sem oferecer uma linha do tempo mais detalhada, o músico contou que uma proposta lhe foi oferecida pelo manager da banda australiana. Ele chegou a conferir o material da banda e entendeu não ser a pessoa ideal para o trabalho.

“Eles tinham um empresário há muitos anos, quando eu não havia reformado os Stooges e não havia me mudado para a Inglaterra. Esse cara veio até mim e perguntou: ‘Você está interessado em se juntar ao AC/DC?’ Eles estavam procurando por um cantor. Ouvi um disco deles. Não senti que me encaixaria. Não que não tenha gostado, era algo muito bem feito. Apenas achei que não era o vocalista que eles precisavam.”

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Iggy Pop e AC/DC

O artigo não especifica quando esta oferta teria sido feita. Em 1972, Iggy Pop se mudou para Londres visando gravar o álbum “Raw Power” com uma formação reconfigurada dos Stooges. O disco saiu em fevereiro de 1973. O AC/DC não se formou até nove meses depois e não lançou seu primeiro álbum até 1975, quando disponibilizou “High Voltage”.

Após a morte de Bon Scott, em fevereiro de 1980, sabe-se que o grupo considerou vários candidatos para substituí-lo. Escolheram Brian Johnson, que cantou no icônico “Back in Black” e permaneceu na linha de frente desde então – exceto por uma passagem de Axl Rose na metade da década passada, o substituindo devido a problemas de saúde.

No mesmo ano, Iggy lançou “Soldier”, seu quarto álbum solo. O trabalho contou com participação de Glen Matlock, baixista original dos Sex Pistols. Ele assinou 4 das 11 faixas, além de gravar seu instrumento. David Bowie e Barry Andrews (XTC, League of Gentlemen) também colaboraram no processo criativo.

“Every Loser”

“Every Loser”, 19º álbum de Iggy Pop, será lançado dia 6 de janeiro de 2023, via Gold Tooth Records. O trabalho foi produzido por Andrew Watt – que também gravou a guitarra – e contou com participações do baixista Duff McKagan (Guns N’ Roses) e o baterista Chad Smith (Red Hot Chili Peppers) – não coincidentemente, o mesmo núcleo criativo dos dois discos mais recentes de Ozzy Osbourne, “Ordinary Man” (2020) e “Patient Number 9” (2022).

Haverá ainda colaborações dos bateristas Taylor Hawkins (Foo Fighters, falecido no início do ano) e Travis Barker (Blink-182) e do guitarrista Stone Gossard (Pearl Jam). O tracklist conta com 11 faixas.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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