De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Pelé está em cuidados paliativos exclusivos em função da quimioterapia não surtir mais efeito em seu tratamento contra um câncer no cólon. O Rei do Futebol, hoje com 82 anos e também dono de carreira na música, segue internado desde a última terça-feira (29) no hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Com o tratamento quimioterápico suspenso, a prioridade é oferecer melhor qualidade de vida possível ao paciente. A intenção é aliviar sintomas, dores e estresse sem procedimentos considerados invasivos.
Um boletim médico divulgado pelo hospital na última sexta-feira (2) aponta que Pelé está com uma infecção respiratória e que seu quadro é estável, com “melhora geral no estado de saúde”. Sua internação havia ocorrido, segundo a equipe, para reavaliar a terapia quimioterápica contra um câncer no cólon diagnosticado em setembro do ano passado.
A nota (via G1) diz:
“A equipe médica diagnosticou uma infecção respiratória, que vem sendo tratada com antibióticos. A resposta tem sido adequada e o paciente, que segue em quarto comum, está estável, com melhora geral no estado de saúde. O ex-jogador continuará internado nos próximos dias para continuidade do tratamento.”
Conforme apurado pelo site da ESPN, Pelé chegou ao hospital com anasarca (inchaço generalizado), síndrome edemigêmica (edema generalizado) e “insuficiência cardíaca descompensada”. O ex-atleta ainda estaria com confusão mental e dificuldades para se alimentar.
Pelé no futebol e além
Nascido em 23 de outubro de 1940, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, é considerado um dos maiores atletas de todos os tempos. Segundo a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), ele é o segundo aior goleador da história em jogos oficiais de futebol.
Boa parte de sua trajetória se deu no Santos, clube que ajudou a popularizar em âmbito mundial. Também se destacou pela Seleção Brasileira, com a qual venceu três Copas do Mundo.
Apaixonado por música, Pelé também desenvolveu carreira nesse segmento como cantor, violonista e compositor de mais de 100 músicas. Não são raras as imagens que o mostram ao violão, tocando e cantando, seja nas concentrações de partidas do Santos ou da Seleção Brasileira. Apesar de não ter tanto talento para a coisa, o jogador se esforçava. Fã de Roberto Carlos e amigo de grandes nomes da MPB, ele sempre soube que, no fundo, a música não passaria de um hobby.
O mais próximo que o atleta chegou de se “profissionalizar” na carreira de músico foi quando lançou seu único álbum solo, “Ginga” (2006), em parceria com o maestro e arranjador Ruriá Duprat. A dupla quase gravou um segundo álbum em 2009, com o Rei do Futebol chamando até mesmo Bono (U2) para participar, mas a ideia não seguiu em frente.
Pelé fez diversas participações ou aparições públicas envolvendo música, inclusive em filmes (como sua própria cinebiografia de 1977, onde compôs toda a trilha sonora) e programas de TV. Chegou a realizar o sonho de cantar ao lado de Roberto Carlos em um especial de fim de ano – mesmo assim, no palco, só um dos dois podia ser chamado de Rei.
Um de seus trabalhos mais lembrados nesse sentido é o conjunto de canções “Perdão não tem vez” e “Vexamão”, em dueto com Elis Regina. As faixas foram gravadas e lançadas em 1969 num compacto chamado “Tabelinha”.
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