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Os melhores discos de 2022 na opinião de Vagner Mastropaulo

Colaborador do site apresenta lista que busca sair de nomes mais óbvios e variedade de subgêneros do rock e metal

Listas de “melhores do ano” podem dar confusão e qual foi o critério adotado ao estrear nesse tipo de ranking? Álbuns de audição divertida ao longo de 2022, não importando o gênero e obviamente passando pelo gosto pessoal. Simples assim!

E tentamos negociar as inclusões de “A Tribute to Led Zeppelin” (Beth Hart) e “Atlantis” (Soen), mas lançamentos de covers ou regravações (bem como EPs e ao vivo) quebravam as regras.

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Também sabemos: cachorros grandes do porte de Megadeth, Slipknot, Ozzy Osbourne, Machine Head e Blind Guardian soltaram full-lengths. Apenas não os julgamos bons o suficiente, como um todo, para “furarem” a classificação. Além disso, é sempre bom sair da mesmice, até porque estes cinco discos você já deve ter escutado.

Enfim, vamos logo ao que interessa, sem a menor pretensão de soar como verdade absoluta. Divirta-se e discorde!

Os melhores discos de 2022 para Vagner Mastropaulo

10) “Otherness” – Alexisonfire

Após treze longos anos sem um trabalho de inéditas dos canadenses, “Otherness” era um dos plays mais aguardados do ano. Por que a escolha? Pela intensidade de “Blue Spade”, o questionamento final em “Committed To The Con” (“Which side are you on?”) martelando na cabeça até você entender o momento mundial tão complicado de ascensão de extrema-direita em cantos como Hungria e Bielorrússia – tomara, findada por aqui. E, acima de tudo, pela linda “Sans Soleil”, com toda a pinta de como seria o excelente City and Colour de Dallas Green caso ele decidisse plugar um pouco mais o projeto.

9) “Mortem Solis” – Krisiun

Mestres do death metal brasileiro, o Krisiun jamais decepciona! “Mortem Solis” segue mantendo lá em cima o nível autoimposto e o trio de irmãos não dá indícios de decair. Abrindo para os irmãos Cavalera na Audio em 7 de agosto, pudemos conferir em primeira mão o potencial devastador de “Swords Into Flesh”, “Serpent Messiah” e “Sworn Enemies”, complicando cada vez mais a montagem do setlist. Como disse o vocalista/baixista Alex Camargo nos últimos shows (a repetir nos próximos): “Aqui é metal nacional, doa a quem doer!” e o disco é “Fod* pra c*ralhooooooooooo”.

8) “Mirrorcell” – Greg Puciato

The Dillinger Escape Plan talvez tenha sido uma das bandas mais subvalorizadas já criadas e extintas e não tardará a surgir uma geração de novos músicos os apontando como influências. Inserindo jazz num metal esporrento, até Mike Patton a eles se rendeu e fez os vocais no EP “Irony Is a Dead Scene” (2002). Aí você descobre que o vocalista do grupo, Greg Puciato, lançou material solo, vai conferir e encontra linhas vocais e de guitarra podendo remeter à vibe do Alice in Chains (herança de dois shows solo na banda de apoio de Jerry Cantrell em dezembro de 2019?) ou ao lado mais eletrônico de seu projeto The Black Queen. É ouvir para crer!

7) “Dropout Boogie” – The Black Keys

Em conversa informal com um amigo a respeito do mais recente lançamento de Dan Auerbach (vocal/guitarra) e Patrick Carney (bateria), este repórter ouviu um relato revelador: “Ouço The Black Keys do modo mais despretensioso possível. Coloco na vitrola e pronto. É diversão!” Embora soe trivial, este “segredo” desata vários nós na cabeça, pois a dupla nunca se saiu com discos para serem levados extremamente a sério e é bem o caso de “Dropout Boogie”. Tente não sair mexendo a cabeça e os pés ao som de “Your Team Is Looking Good” e “Good Love”, esta bem swingada e com participação de Billy Gibbons (ZZ Top).

6) “Troika” – D’Virgilio, Morse & Jennings

O que esperar de algo envolvendo Nick D’Virgilio (Spock’s Beard), Neal Morse (Transatlantic, The Neal Morse Band) e Ross Jennings (Haken)? Material progressivo carregado em melodias, porém, a roupagem acústica foca nos vocais e coros, tornando a audição leve e saborosa! Outro ponto positivo é a regularidade entre as faixas, pois se o play talvez não transforme radicalmente sua vida, também não há uma sequer a desapontá-lo! Como referência, de algum jeito estranho, o dedilhado inicial de “A Change is Gonna Come” remeteu a “June” (Spock’s Beard) e, como a posição anterior, é outro disco para você curtir sem encucar.

5) “Parrhesia” – Animals as Leaders

Se este for seu primeiro contato com o Animals as Leaders, não estranhe demorar a entender a sonoridade do trio instrumental norte-americano, caso a curiosidade o faça seguir adiante e querer conferir “Parrhesia”. Agora, se já conhece os caras, você sabe: o nível segue elevado, embora o début de 2009 talvez para sempre seja o favorito deste repórter. De brinde, sete do play foram tocadas no Carioca Club em 5 de dezembro, as cinco primeiras em sequência: “Conflict Cartography”, “Thoughts And Prayers, “Gestaltzerfall”, “Gordian Naught”, “Micro-Aggressions”, “Red Miso” e “Monomyth”. Sentindo-se enrolado com o texto até aqui? Foi proposital e para te forçá-lo a ouvir o álbum!

4) “Hate Über Alles” – Kreator

Já consolidado na cena e podendo desfrutar da reputação, o Kreator surpreendeu em 2001 ao lançar “Violent Revolution”, com pedradas espetaculares como a que batiza o play e a abertura em “Reconquering the Thone”. Vinte e um anos depois, não é que o raio caiu no mesmo lugar? A intro define o clima até tudo ir pelos ares na faixa-título em riffs alucinantes e a reflexão pontual e contemporânea: “Hate is the virus of this world”. Fala sério, um trabalho como este no atual estágio da carreira? De novo? Ah, o clipe de “Midnight Sun” é inspirado em “Midsommar”, filme de 2019.

3) “Seventh Rum of a Seventh Rum” – Alestorm

O álbum já arranca risos pelo título zoando o Iron Maiden: “Seventh Rum of a Seventh Rum”. Aí você se depara com uma faixa chamada “Come to Brazil”, de letra impagável! Alguns trechos? “I got lost in Brazil / My phone does not work here” e “Mashed potatoes on hot dogs” – alias, tocada na Fabrique em 22 de outubro. Ainda não está nem sorrindo? Tripla, a deluxe edition traz ainda o CD com versões acústicas e para cachorros (!?!??!!). O que mais é necessário para pegar um pódio?

2) “Back from the Dead” – Halestorm

Antes de tudo, não confunda esta banda com a anterior! E quem diria? Sempre torcendo o nariz para os discos de Lzzy Hale e companhia (embora não tenha perdido os shows do Halestorm em São Paulo – jornalistas e suas incoerências!), este escriba se rendeu a “Back from the Dead”. Onze músicas abaixo de quatro minutos, a audição total sequer te consome trinta e oito e nem dá tempo de enjoar! Medalha de prata tão inesperada quanto Marrocos na semifinal da Copa do Catar! Tente não sair cantando o refrão da faixa-título, pois eles estão de volta e ao mundo dos vivos! Ah, que vontade de conferir “Raise Your Horns” num Carioca Club da vida!

1) “Radiance” – The Dead Daisies

Como pode um supergrupo com membros atuais com passagem por Deep Purple (Glenn Hughes) e Whitesnake (Doug Aldrich) ter vindo ao Brasil somente uma vez, à época contando com os serviços de John Corabi e Marco Mendoza e como abertura para o sensacional Richie Kotzen no acima citado Carioca Club em julho de 2017? “Radiance” é bom demais do começo ao fim, desde que você já tenha superado aquele velho preconceito besta com o hard rock. Quase impossível dissociar uma faixa das outras, especialmente as cinco iniciais. E, bicho, é Glenn Hughes cantando magistralmente, como sempre! Confira numa tacada só!

Leia também: Os melhores discos de 2022 na opinião da equipe do site IgorMiranda.com.br

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1 COMENTÁRIO

  1. Gosto é gosto, tem mais que ser respeitado… meu top 10:
    TOP 10 – 2022:
    01 – Skid Row – The Gang’s All Here
    02 – Scorpions – Rock Believer
    03 – Out Of This World – Out Of This World
    04 – Giant – Shifting Time
    05 – H.e.a.t – Force Majeure
    06 – Def Leppard – Diamond Star Halos
    07 – Saxon – Carpe Diem
    08 – Ozzy Osbourne – Patience Number #9
    09 – Megadeth – The Sick, The Dying… And The Dead
    10 – Amon Amarth – The Great Heathen Army

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