De todos os aspectos que marcaram o álbum “Creatures of the Night”, nenhum costuma ser tão destacado quanto o som da bateria. Após ter entrado no Kiss em uma fase nada destacada pelo peso, Eric Carr aproveitou a sonoridade heavy que a banda buscou no disco e colocou seu instrumento em destaque. Até hoje, o disco é considerado referência percussiva quando se trata de hard rock/metal.
Em entrevista à Guitar World, o baixista e vocalista Gene Simmons exaltou a capacidade do colega, falecido em 1991. E deixou claro que, sem ele, a coisa teria sido bem diferente do resultado final.
“Tenho que admitir que não teríamos conseguido fazer o disco sem Eric Carr. Ele trabalhou duro para conseguir alcançar aquele som de bateria. Graças à sua dedicação, músicas como ‘War Machine’ e ‘I Love it Loud’ se tornaram marcas do Kiss. Tanto que até hoje são tocadas nos shows.”
Eric Carr sob a ótica do produtor
Falecido em 2022, o produtor do disco, Michael James Jackson, falou ao podcast Three Sides of the Coin (via Ultimate Classic Rock) sobre as gravações de “Creatures of the Night”, especialmente a bateria. Ele já havia produzido as 4 músicas inéditas da coletânea “Killers” (1982), lançada poucos meses antes, e seguiria com o Kiss para “Lick It Up” (1983).
“Em ‘Creatures…”, Gene (Simmons) estava ansioso para tentar achar um som de bateria que fosse tão próximo do Led Zeppelin quanto possível. Sou produtor de discos, então sei que se você quer ter uma bateria que soe como John Bonham, então você precisa me dar John Bonham, você tem que me dar a bateria de John Bonham e me colocar na mesma sala em que John Bonham toca a bateria para que soe assim. Carr tocou com o coração… se alguém já sentiu que o Kiss era uma missão pessoal, esse era Eric Carr. Ele era o cara mais orgulhoso a ser baterista do Kiss. Tenho muito respeito pelo quanto ele amava esta banda.”
Kiss e “Creatures of the Night”
Lançado em 13 de outubro de 1982, “Creatures of the Night” foi o 10º álbum de estúdio do Kiss. É o último em que o guitarrista Ace Frehley apareceu como membro oficial – embora já não tenha participado ativamente das gravações – até a reunião da formação original, na década seguinte.
Ganhou disco de ouro nos Estados Unidos, apesar de não ter sido tão bem-sucedido quanto os trabalhos da década anterior. Com o passar dos anos, passou a figurar entre os preferidos dos fãs.
A turnê marcou a primeira passagem do quarteto pelo Brasil, tocando para o maior público de sua carreira no Maracanã, Rio de Janeiro. Foram os últimos shows com as tradicionais maquiagens até 1996.
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