Desde que surgiu, no início dos anos 1970, o Kiss não era levado a sério pelos roqueiros mais radicais. Muitos acusavam a banda de ser mera estratégia de marketing, fazendo mais circo do que música. O comportamento extravagante, tanto dentro quanto fora dos palcos, não colaborou muito para essa percepção ser modificada.
Ao mesmo tempo, a geração que ia criar o rock das décadas seguintes ainda era jovem e adorava o que Gene, Paul, Ace e Peter faziam. Com o passar do tempo, o grupo ganhou o respeito que merecia e passou a ser reconhecido não apenas pelos atributos visuais, mas também por ter criado hinos dentro do estilo a que se propunham.
Um desses jovens era Buzz Osbourne. O líder do Melvins é um dos fãs mais dedicados dos mascarados e sempre faz questão de deixar isso claro.
Em entrevista à Magnet Magazine, o papo logo partiu para o icônico álbum “Alive!” e o fato de ser um disco amado e criticado pelas correções em estúdio.
“Eles podem fazer o que quiserem. É o Kiss. Eles são divertidos. Eles tinham boas músicas. Quero dizer, não há realmente mais do que isso. As pessoas dizem: ‘Oh, não é sério!’ Música não é coisa séria! É a arte, o bônus depois que você termina de fazer as coisas que lhe permitem ganhar a vida. Tira você da existência cotidiana e o coloca em outra coisa, que é o que a arte deve fazer.”
Buzz Osborne, Melvins e Kiss
A inspiração do Melvins no Kiss é tamanha que, em 1992, os três membros da banda à época lançaram EPs solo no formato dos discos lançados pelos quatro mascarados originais em 1978. O formato da capa e do logo faziam referências explícitas.
Em 1990, o grupo participou do tributo “Hard to Believe: A Kiss Covers Compilation”, tocando a música “Goin’ Blind”, original de “Hotter Than Hell” (1974). A versão apareceu no álbum “Houdini” (1993). O trabalho teve Kurt Cobain (Nirvana) assinando a produção – embora a realidade não tenha sido exatamente essa.
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