Lançado em 18 de junho de 1996, o álbum “Book of Shadows” externava outro lado da sonoridade de Zakk Wylde.
Saíam de cena os malabarismos guitarrísticos praticados com Ozzy Osbourne e o lado mais elétrico do southern oferecido no projeto Pride & Glory. Violões e piano tomavam a linha de frente em canções introspectivas e carregadas no lado mais sofrido dos sentimentos.
A faixa “Throwin’ It All Away”, por exemplo, foi um tributo a Shannon Hoon, vocalista do Blind Melon que havia morrido por conta de uma overdose de heroína. Ele e Zakk chegaram a morar juntos pouco antes do ocorrido.
Em artigo para a Metal Hammer, onde listou as músicas mais importantes da carreira, o músico lembrou o cenário onde o disco ganhou vida.
“Estávamos trabalhando em ‘Ozzmosis’, álbum de Ozzy, quando comecei a escrever o ‘Book of Shadows’. Nós gravávamos o dia todo, então à noite eu ia para um bar chamado Brew’s. Ficava lá até quatro, cinco da manhã na maioria das vezes, vendo o sol nascer enquanto bebia. Eles tinham uma grande jukebox abastecida com Neil Young, Eagles, Bob Seger, os Stones… rock clássico, todas essas coisas matadoras e suaves.
Eu passava a noite toda bebendo e depois voltava para o meu quarto de hotel inspirado. Foi assim que surgiu o disco. Era uma coisa do tipo cantor e compositor, me sentia James Taylor enquanto estava trabalhando nisso. Eu amei algumas das melodias vocais e a gaita estilo Neil Young em ‘Between Heaven And Hell’.”
Além de valorizar as influências do trabalho, Wylde destacou que foi bastante interessante revisitar a ideia na sequência “Book of Shadows II”, lançado em 2016.
“Para mim, qualquer grande músico é um reflexo das coisas que realmente ama e isso realmente vale para aquele álbum. Foi legal revisitar a ideia de ‘Book of Shadows II’, 20 anos depois também. Teremos que superar isso da próxima vez – 25 anos de espera pelo ‘Book of Shadows III’ (risos).”
Zakk Wylde e “Book of Shadows”
Zakk Wylde tocou guitarra, violão, piano e gaita em “Book of Shadows”. O baixista James LoMenzo e o baterista Joe Vitale – que também gravou teclados – o acompanharam.
O álbum obteve boa repercussão no Japão, onde entrou na 32ª colocação nas paradas locais.
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