Kirk Hammett critica masculinidade tóxica que moveu o Metallica

Guitarrista diz que até mesmo a retórica da banda em termos musicais reflete tal comportamento - ainda que controlado pela experiência

Kirk Hammett falou sobre um aspecto do Metallica que pode ser estendido ao metal como um todo: a masculinidade tóxica. No caso de sua banda, isso sempre cercou o relacionamento entre os quatro integrantes, mostrando que mesmo com a experiência e a maturidade, ainda há traços de um comportamento violento na forma como o grupo funciona musicalmente.

Em entrevista ao The New Yorker, Hammett explicou como o comportamento tóxico masculino ainda pode ser encontrado no Metallica. Em uma fala, foi possível mostrar como a agressividade, que causou tantos problemas no passado, ainda se faz presente – mesmo que de forma controlada.

“A masculinidade tóxica tem sido o combustível desta banda. Eu ainda estou por aí dizendo: ok, vou compor um riff muito, muito f#da, de arrebentar. Apenas olhe para a minha retórica: f#da, de arrebentar. É uma agressão que todo mundo sente, mas foi intensificada em nós – essa coisa estranha, essa besteira de ‘macho’.”

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A masculinidade tóxica no Metallica

No passado, quando os integrantes do Metallica ainda não lidavam tão bem com seus vícios, essa “energia” agressiva costumava causar brigas. Kirk Hammett se lembrou de um episódio onde os membros do Metallica quase foram às vias de fato.

“Nós ficávamos bêbados e começávamos. Eu me lembro uma vez em que James (Hetfield) levantou e empurrou Lars (Ulrich), e Lars literalmente voou pela sala. Nós nos víamos e começávamos a brigar. Nós poderíamos estar em uma sala com 20 pessoas e nos fixávamos um no outro. Ninguém mais importava.”

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“72 Seasons” e “M72”

72 Seasons”, próximo álbum de estúdio do Metallica, chega no próximo dia 14 de baril de 2023. Além de confirmar o disco, a banda divulgou os compromissos da turnê “M72” com datas para 2023 e 2024 e ainda liberou o single “Lux Æterna”, com videoclipe.

A tour “M72” traz a banda se apresentando duas vezes em cada cidade que visita, com 72 horas de diferença entre ambos os compromissos. Para cada noite, mudam o repertório e as atrações de abertura, com um “revezamento” entre Architects, Mammoth WVH, Five Finger Death Punch, Ice Nike Kills, Volbeat, Pantera e Greta Van Fleet.

Também entre as novidades, estão um novo design de palco que traz o chamado snake pit para o centro e ingressos com desconto para fãs menores de 16 anos.

Parte dos lucros de cada ticket vendido no geral será destinado para a ONG dos músicos, a All Within My Hands, que combate a insegurança alimentar e presta auxílio em áreas de desastres naturais.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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