O termo prog em determinados círculos rock pode soar quase um palavrão por causa dos excessos de bandas associadas a esse subgênero nos anos 1970. Contudo, muitos grupos surgidos após o fim de sua popularidade estão suscetíveis a essa classificação – senão como pertencentes à linhagem, ao menos pela similaridade em espírito.
Essa é uma descrição da opinião de Geddy Lee sobre o Radiohead. O vocalista e baixista do Rush deu uma entrevista para o site The Quietus (via Far Out Magazine), em 2012, onde falou sobre sua admiração pelo quinteto inglês, especialmente seu disco “OK Computer”.
“Para mim, Radiohead continuou a tradição de bandas como Yes. Eles sempre são audaciosos e desafiadores, e mesmo assim permaneceram à frente de todos. Eu amo como eles combinam o antigo com o novo… incluindo batidas contemporâneas e instrumentação. Mas de novo, e como o Yes e o Genesis, eles ainda tem ótimas canções no centro de tudo isso. Especialmente em ‘OK Computer’, que me empolgou demais, me dando esperança para o futuro. Música excelente em todo senso da palavra.”
Radiohead é prog?
Historicamente, o Radiohead sempre resistiu ao rótulo de prog. Numa entrevista à Q (também via Far Out Magazine), em 1997, o guitarrista Jonny Greenwood falou sobre as comparações com esse estilo:
“Tem sido decepcionante para nós, porque grande parte (dessas bandas) é horrível. Eu meti na cabeça que prog rock tem que ser bom porque atraiu muitos fãs. Até agora, eu só me arrastei por uns discos bem chatos do Genesis.”
Entretanto, a passagem do tempo deu alguma perspectiva ao guitarrista. Duas décadas depois, ele admitiu à Rolling Stone ter se inspirado no Genesis para usar o mellotron, um tipo rudimentar de sintetizador, em trabalhos do Radiohead.
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