No auge da pandemia, Sammy Hagar chegou a declarar que não respeitaria as ordens de restrição e que estava disposto a arriscar a vida para voltar a trabalhar – além de ter chamado a Covid-19 de “uma gripe”. Obviamente, no mundo real as coisas não funcionam assim e ele precisou se recolher como todos que não faziam serviços considerados essenciais à população em um período onde as medidas de distanciamento eram a única possibilidade disponível para conter um avanço ainda maior do vírus.
Porém, o período deixou marcas no músico. Em entrevista à Rolling Stone, o cantor falou sobre como a situação influenciou “Crazy Times”, novo álbum do The Circle.
“Perdemos nossas liberdades durante esse período. De repente, o medo transformou todos em ovelhas. O governo começou a nos dizer o que fazer. Tínhamos que tomar vacinas, usar máscaras, fazer isso e aquilo. Talvez fosse realmente necessário e eu me vacinei. Mas conheço mais pessoas que tiveram Covid esse ano do que no passado, incluindo eu mesmo.”
Hagar deixou claro não ter qualquer simpatia para com o ex-presidente americano Donald Trump.
“Ele é um idiota. Não gosto da maneira como tratou os mexicanos, que estão entre as melhores pessoas desse planeta. Eu moro no México. São pessoas trabalhadoras, familiares e religiosas. Sem eles não faríamos nada nos Estados Unidos. Gostava da ideia de que ele iria limpar a política, mas não sei quais eram suas motivações. Trump é muito arrogante.”
Sammy Hagar & The Circle
O The Circle também conta com o guitarrista Vic Johnson, o baixista Michael Anthony e o baterista Jason Bonham. “Crazy Times” é o segundo trabalho de estúdio do projeto, que se apresentaria no Brasil em 2020, mas acabou tendo a vinda cancelada por conta da pandemia.
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