Roger Waters tem uma mensagem para quem gosta de rock e é conservador. O ex-integrante do Pink Floyd concedeu entrevista à Folha de S. Paulo para discutir temas políticos, incluindo seu famoso apelo às vésperas da eleição de 2018 contra o então candidato e agora presidente Jair Bolsonaro – feito novamente para 2022.
O músico se referiu não só aos fãs que o vaiaram, como também artistas cujas idelogias se tornaram mais conservadoras com o tempo, ao declarar com risos ao fim:
“Precisamos questionar quais são as motivações dessas pessoas para se tornarem ‘astros do rock’. Normalmente é ‘eu me sinto tão inseguro e pequeno, e acho que tenho um p#u pequeno, então vou ficar em pé diante desses holofotes e dizer: olhe para mim, olhe para mim’.”
Em seguida, deixou clara sua opinião a respeito da maior parte dos músicos de rock:
“Eu não acho que você deva esperar muito da maioria das pessoas do meu ramo. Eu tive sorte.”
Política na família
Ainda durante a entrevista, Roger Waters disse que se tornou quem é graças à mãe e ao pai, um oficial britânico do 8º Batalhão dos Fuzileiros Reais morto durante a Segunda Guerra Mundial com apenas 30 anos de idade. A perda fez com que o músico se tornasse ativo politicamente, em especial contrário a guerras.
“Quando eu tinha 13 anos e comecei a me preocupar com a morte, como quem vive uma puberdade precoce, minha mãe me disse algo assim: ‘Isso vai acontecer muito na sua vida, e aqui está o meu conselho. Quando você tiver uma pergunta difícil, estude-a. Leia tudo o que há para ler sobre, o máximo que puder. Comece de um lado, ouça outras opiniões. Realmente tome o seu tempo. Depois que tiver feito isso, você fez o trabalho duro. A próxima parte é fácil’. [Eu perguntei:] ‘Sério, mãe? Qual é a próxima parte?’. [Ela respondeu:] ‘Você faz a coisa certa’.
Se todos tivéssemos uma mãe que pudesse nos dizer isso, seria fundamental. E você tentar fazer a coisa certa não é votar em Bolsonaro. Não tem como você sequer pensar na p#rra da ideia de que apoiar um idiota como Bolsonaro pode ser uma coisa boa.”
Críticas a colegas
Esta não é a primeira vez que Roger Waters faz críticas a colegas de profissão. No último mês de julho, em conversa com o jornal canadense The Globe & Mail, o artista reagiu a um relato do repórter sobre uma mulher que saiu de um de seus shows se queixando de que o evento não era tão “alto astral” quanto ela esperava.
Ironicamente, o músico agradeceu o comentário.
“Bem, obrigado, senhora. Não sei quem você é, mas te agradeço por perceber que não era só uma festa com hits antigos para cantar junto. Eu não vou a esse tipo de shows, pois não gosto deles. As velhas bandas vão e passam por seus hits ano após ano, após ano, após ano.”
O entrevistador apontou então que algumas das bandas às quais Roger se referia eram compostas por amigos dele, ainda que nenhum nome tenha sido citado. O baixista não se fez de rogado e citou indiretamente Eric Clapton, ao lembrar do hit “Layla”, e explicou a diferença entre o público de artistas clássicos do rock e o dele.
“Sim, alguns são meus amigos. E sabe o que eu notei? As plateias são todas compostas por pessoas de 100 anos de idade. Eles ainda estão ouvindo ‘Layla’ e são quase uma raça em extinção. Minha plateia não. Se essa senhora que você mencionou quiser ir a um show de rock and roll e ouvir as velhas canções do Pink Floyd e ficar confortavelmente entorpecida (‘Confortably Numb’), isso mostra que ela nunca entendeu o trabalho que eu fazia com o Pink Floyd naquela época.”
Roger Waters, Bolsonaro e polêmicas atuais
No período das eleições presidenciais de 2018, Roger Waters estava em turnê pelo Brasil e causou polêmica ao exibir, no telão do primeiro show, o nome do então candidato Jair Bolsonaro o associando ao ressurgimento do neofascismo no mundo junto a outros políticos.
Diante da controvérsia gerada, ele removeu a menção a Bolsonaro em apresentações posteriores e inseriu uma faixa escrita “ponto de vista censurado”. Porém, seguiu utilizando a hashtag #EleNão, também parte da campanha contra o político.
O músico não é avesso a controvérsias nem mesmo no alto de seus 79 anos de idade. Seu posicionamento com relação à guerra na Ucrânia, onde demonstrou apoio à Rússia ainda que tenha apelado pelo fim do conflito, tem gerado muitas críticas.
Shows de sua turnê mais recente, “This is Not a Drill”, foram cancelados na Polônia devido à reação negativa de comentários feitos por Waters sobre a situação.
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A política, guerra e ambição são meio que um trio amoroso, penso!!!! Com certeza o presidente da Rússia deve estar de olho nas nossas eleições para ver o que mais lhe interessa em termos de acordos comerciais e aliados!!!! Infelizmente a corrupção é grande aliada dos engravatos e dos mais favorecidos, pobre mesmo fica na vontade…vontade e esperança meio que também se fundem, ou seja…ficamos todos pensando no futuro em que nos aguarda!!!! A vida é cheia de dificuldades e coisas boas, infelizmente para se ter essas coisas boas devemos nos acostumar a enfrentar dificuldades!!!! Se os futuros governantes pensassem mais na população em termos de saúde, educação e segurança, com certeza não votaríamos apenas com a intenção de tirar o atual Presidente..e sim, votar pensando nas propostas enganosas e que apenas serve para iludir em busca de votos!!!! Triste a nossa realidade, assim a desigualdade social paira sobre a população que tanto clama um futuro melhor, quem sofre mesmo são as crianças desse nosso triste e lindo País!!!! Boa sorte para as pessoas boas, Valeu!!!!