Apesar de ter sido quem deu o ponto final na banda de forma oficial, Paul McCartney sempre ressaltou que o fim dos Beatles partiu de John Lennon. Não foram poucas as vezes que o músico de recém completos 80 anos afirmou que o colega foi o primeiro a comunicar que estava de saída.
Uma delas aconteceu em 1984, durante entrevista à Playboy resgatada pelo Rock and Roll Garage.
“No que me diz respeito, sim, eu gostaria que os Beatles nunca tivessem se separado. Eu queria nos colocar de volta na estrada fazendo lugares pequenos, então passar para a nossa forma anterior. Bastava fazer música e o que mais houvesse seria secundário. Mas foi John quem não quis. Ele havia dito a Allen Klein, então nosso manager, que ele e Yoko decidiram tarde da noite que ele não queria continuar.”
Linda McCartney, falecida esposa de Paul, também participava do bate-papo e lembrou de Lennon dizer “Acho que você está louco” ao ouvir a proposta de Macca sobre shows em espaços menores. E então Paul continuou:
“E ele (Lennon) disse: ‘eu não ia dizer a você até depois de assinar o contrato com a Capitol, mas estou deixando o grupo’. Esse foi o fim definitivo. Não dissemos nada por meses, devido a acordos comerciais. Mas a coisa realmente dolorosa para mim foi que John realmente não iria nos contar. Acho que ele estava fortemente sob a influência de Allen Klein.”
O fim dos Beatles
Durante as entrevistas divulgando o álbum solo “McCartney” (1970), Paul falou pela primeira vez que os Beatles realmente tinham acabado. O músico rompeu um acordo com os colegas ao lançar o disco menos de um mês antes de “Let it Be”, criando um conflito de agendas e promoções que gerou diversas mágoas.
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