A letra de “God Save the Queen”, clássico dos Sex Pistols, traz referências nada elogiosas à figura da Rainha Elizabeth II, até hoje no trono. O vocalista John Lydon – então conhecido como Johnny Rotten – critica o “regime fascista” da coroa britânica, o acusando de destruir os sonhos do país. Também afirma que a monarca não é um ser humano.
Em entrevista ao Piers Morgan Uncensored, da Talk TV (transcrita pela Classic Rock), Lydon resolveu esclarecer suas visões sobre a mandatária do trono.
“Todos presumem que sou contra a Família Real enquanto seres humanos. Mas não é verdade. Tenho muito orgulho da Rainha por estar aí até hoje e ainda bem. Eu a aplaudo por isso, é uma conquista fantástica. Não sou um rabugento.”
Porém, o cantor fez questão de esclarecer não sentir qualquer tipo de remorso em relação à letra da música supracitada.
“Só acho que, se estou pagando meu dinheiro de impostos para apoiar este sistema, devo ter uma opinião sobre como ele é gasto. Amo meu país e seu povo. Mas se houver problemas, acho que tenho o direito de dizer isso.”
O cantor também entende que a monarquia não resistirá ao falecimento de Elizabeth.
“Acho que é possivelmente o fim. O príncipe Charles não vai ser capaz de lidar com isso. Este é o homem que toca Pink Floyd para seus repolhos.”
Sex Pistols, “God Save the Queen” e John Lydon
Os Sex Pistols relançam em 27 de maio o single “God Save the Queen”. A reprodução da versão original, da A&M Records, terá edição limitada em 1977 cópias. À época, ela foi censurada e destruída poucos dias após o lançamento. A da Virgin, disponibilizada depois, terá 4 mil LPs.
Recentemente, John Lydon se envolveu em uma disputa com seus ex-colegas de banda, ao se recusar a liberar as músicas para a série “Pistol”. Porém, o guitarrista Steve Jones e o baterista Paul Cook venceram a batalha judicial e puderam usar o material.
“Pistol” estreia dia 31 de maio nos serviços de streaming Hulu e Disney+, em diferentes países. A trama tem seis episódios e é baseada no livro “Lonely Boy: Tales from a Sex Pistol”, biografia de Jones. O roteiro foi escrito por Craig Pearce.
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