Após muito ouvir sem retrucar, o guitarrista Glenn Tipton resolveu contra-atacar as alegações de K.K. Downing. Afastado dos palcos após o agravamento do Parkinson, o compositor do Judas Priest deu entrevista à Guitar World e ofereceu sua versão da história em acusações feitas pelo antigo parceiro de banda e instrumento.
Inicialmente, comentou:
“Eu nunca quis entrar em uma discussão pública com K.K. depois que ele saiu. Jamais disse uma palavra e me mantive calado por mais de 10 anos. Mas chega um ponto em que você lê coisas que são simplesmente loucas. É hora de responder, porque ele está dizendo coisas que realmente não deveria. Seus argumentos não são justos.”
O primeiro ponto foi a declaração de Downing se considerando a força motriz da banda.
“Simplesmente não é verdade. O Priest é feito por cinco caras. Não há uma pessoa mais atuante. Acredito que ele tenha falado isso para nos magoar e ter algum tipo de reação, o que não fizemos por um longo tempo. Mas tenho muito a dizer, já chega de ficar em silêncio.”
Um dos argumentos mais pessoais de K.K. foi dito à própria Guitar World em dezembro de 2021. O músico alegou que as bebedeiras de Tipton antes dos shows vinham afetando a performance do grupo, deixando todos desconfortáveis.
“Todos sabem que não é verdade. Os fãs não são burros, eles me viram tocar por 50 anos ao redor do mundo. Posso ter bebido algumas cervejas no palco, mas só isso. Nunca afetou os shows ou meu desempenho. Ele sabe disso.”
Glenn Tipton vs. K.K. Downing
Em outro ponto da entrevista, Glenn Tipton investiu ainda mais forte contra K.K. Downing, revelando o motivo de ter assumido o protagonismo da maioria dos solos nos discos do Judas Priest a partir de determinado ponto da carreira.
“Eu precisava editar o que ele fazia em estúdio para conseguir fazer com que prestasse. Ficava juntando as partes. Nunca havia falado isso antes, mas as acusações dele foram ficando cada vez mais tolas e mereço ter o direito de responder.”
Tipton ainda deixou claro mais uma vez que a decisão de sair foi totalmente de K.K., além de se defender das críticas por ter feito discos solo na metade dos anos 1990.
“Ele abandonou a banda. Não conseguimos convencê-lo a ficar. Depois, resolveu me criticar por gravar dois álbuns solo em seis anos. Só os fiz porque estávamos inativos desde que Rob Halford havia saído”.
Os álbuns solo de Glenn Tipton
“Baptizm of Fire” (1997) e “Edge of the World” (2006) foram gravados no mesmo período, embora lançados com quase uma década de diferença. Glenn Tipton contou com nomes como os baixistas John Entwistle (The Who), Robert Trujillo (Metallica), Billy Sheehan (Mr. Big, The Winery Dogs) e Neil Murray (Whitesnake, Black Sabbath), além dos bateristas Cozy Powell (Rainbow, Whitesnake, Black Sabbath), Brooks Wackerman (Avenged Sevenfold) e Shannon Larkin (Godsmack).
K.K. Downing atualmente
K.K. Downing lançou “Sermons of the Sinner”, primeiro álbum do KK’s Priest, ano passado. O trabalho conta com outro ex-Judas Priest, o vocalista Tim “Ripper” Owens.
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