Os 10 melhores discos de 2021 na opinião de Gelson Donisete Candido

Colaborador do site buscou versatilidade em suas escolhas, indo do blues ao thrash metal

Antes da lista de melhores discos de 2021, uma mensagem de Igor Miranda: ainda em novembro, recebi uma mensagem pela caixa de contato do site que me chamou atenção. Era Gelson Donisete Candido, dizendo que gostava tanto de acompanhar os lançamentos que fazia uma tabela com os álbuns dando notas para cada um deles. Fiquei curioso e pedi a tabela. Era enorme. Gelson, provavelmente, ouviu mais discos de 2021 do que eu. Por isso, o convidei para compartilhar seus trabalhos favoritos do ano. Agora, com a palavra, Gelson!

Acompanho as publicações do Igor Miranda e não poderia ficar sem checar, mês a mês, a lista de lançamentos – sempre bem completa, com discos de variados estilos e artistas. Fiz muitas audições e acabei elaborando uma lista particular dos meus preferidos, ouço praticamente todos os estilos, mas, é claro, alguns mais que outros.

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Não sou crítico musical, mas adoro música e essa lista é um resumo, portanto, do meu gosto particular.

Foi difícil a escolha. Deixei ótimos álbuns de fora e tentei incluir pelo menos um de cada estilo preferido. Saiu, assim, esta lista com os 10 melhores álbuns de 2021.

10º lugar: Sue Foley – “Pinky’s Blues”

O blues não tem tanta inovação, não é um estilo em que haja tantos subgêneros como o rock, heavy metal e hard rock, mas é muito bom de ser ouvido quando bem tocado e cantado. Foi difícil escolher um álbum que representasse o estilo, foram vários lançados e a maioria ótimos. Escolhi “Pinky’s Blues”, da canadense Sue Foley, por ela ser uma cantora e guitarrista de grande qualidade no estilo. Sua voz é agradável e seu estilo apresenta o tradicional blues muito bem executado. O disco é bom do começo ao fim.

9º lugar: Angelus Apatrida – “Angelus Apatrida”

Eis uma banda que eu não conhecia: o Angelus Apatrida, que faz um thrash metal da melhor qualidade direto da Espanha. Esse disco é bem tocado, bem cantado e me agradou demais. Apresenta uma banda com ótimos músicos que fazem um thrash de alta qualidade como as grandes bandas lendárias do estilo. É visceral do início ao fim. Você não vai pular uma faixa: todas me agradaram.

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8º lugar: Soldiers of Destruction – “Cause and Affect”

Não poderia faltar nesta lista uma banda punk, estilo que adoro. Com uma pegada que remete ao Sex Pistols, o Soldiers of Destruction foi formado na Inglaterra em 1981 e fez vários shows com as bandas da época, mas só agora lança seu primeiro álbum. Hoje, o grupo está em Las Vegas e traz na formação o vocalista original, Morat, com outros membros. Disco imperdível para quem curte o bom e velho punk londrino.

7º lugar: Volbeat – “Servant of the Mind”

Depois de ouvir centenas de discos o ano todo, eis que dezembro ainda traz uma boa surpresa, pelo menos para o meu gosto musical: um grande trabalho do Volbeat. Apesar do vocal diferenciado de Michael Poulsen, o início da audição pode até trazer a sensação de que a sonoridade está muito pop. Porém, com o desenrolar da tracklist, o peso aumenta e entra ainda a influência do rockabilly. É rock‘n’roll acrescido de muito peso e competência. Mais um para ouvir viajando sem pular faixa.

6º lugar: John 5 – “Sinner”

“Sinner” entrou na minha lista por me surpreender. Discos instrumentais sempre são cheios de clichês – e também há alguns por aqui, mas vai um pouco além. Percebe-se uma mistura de ritmos, com peso, groove e melodia. A lista de convidados traz nomes como Dave Mustaine (na música “Que Pasa”) e Peter Criss (em “Georgia on My Mind”), entre outros. Todo o talento de John 5 é apresentado neste trabalho.

5º lugar: Dirty Honey – “Dirty Honey”

Este é o disco de estreia de uma banda que se formou em 2017 e já inicia com um álbum excelente. Se você curte classic rock, “Dirty Honey” é um prato cheio. Já abre com a excelente “California Dreamin’” e segue na pegada do rock clássico, sem exageros até a perfeita balada de encerramento “Another Last Time”. O vocal de Marc LaBelle é perfeito para o estilo. Um trabalho para viajar no tempo, como se estivesse ouvindo alguma banda clássica dos anos 1970, mas com o vigor dos nossos tempos..

4º lugar: Running Wild – “Blood on Blood”

O Running Wild por si só dispensa apresentações. São 45 anos de história no heavy metal. Então, não poderia se esperar outra coisa senão um álbum coeso e de bom gosto. “Blood on Blood” resgata o heavy metal tradicional com a pegada que lhe é peculiar. Há peso, velocidade em algumas músicas, solos e riffs bem executados, além do vocal bem colocado de Rolf Kasparek. Traz ainda a melhor música de abertura do ano em minha opinião: a imponente faixa-título.

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3º lugar: The Dead Daisies – “Holy Ground”

Dá para dispensar os comentários sobre os músicos envolvidos com este supergrupo. Agora, com a entrada do grande Glenn Hughes no vocal e baixo, a banda ganha mais groove no seu som. Dessa forma, “Holy Ground” é um pouco diferente dos anteriores, mas não perde nada em qualidade – aliás, é estupendo. Gosto muito do vocal do Glenn e o ritmo distinto do seu baixo acrescentou bastante ao som da banda, assim como ele fez no Deep Purple décadas atrás. Esse disco poderia estar na segunda posição, mas…

2º lugar: Exodus – “Persona Non Grata”

O Exodus, que tirou o segundo lugar do The Dead Daisies, é mais uma banda clássica mostrando como fazer um álbum memorável. “Persona Non Grata” traz o bom e velho thrash metal: clássico, direto, pauleira, com riffs estonteantes, solos rápidos e vocal típico para o estilo. Enquanto bandas do gênero tentaram inovar, o Exodus apresenta toda a competência que lhe é clássica. Não tem erro com esses caras, assim como não tem com o Testament.

1º lugar: The Pretty Reckless – “Death by Rock and Roll”

Eis que apresento, dentro do meu gosto musical, o melhor disco de 2021. Ouvi “Death by Rock and Roll” dezenas de vezes continua me tocando como na primeira audição. Para mim, já é clássico. É perfeito do início ao fim. A voz de Taylor Momsen encaixa como uma luva e chega suave aos ouvidos. Os solos e riffs são muito bem tocados e não são repetitivos. Bateria e baixo estão bem encaixados. A tracklist apresenta vários momentos, com direito a três baladas (um número que não é exagerado) que são algumas das melhores deste ano. Duas delas, “Rock and Roll Heaven” e “Harley Darling”, estão logo no fechamento. É para ouvir sonhando, viajando.

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Gelson Donisete Candido
Gelson Donisete Candido tem licenciatura em Filosofia e MBA em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, ambos pela UNINTER, também formado em Tecnologia em Gestão Pública pela UNIVESP. Atualmente é professor na rede pública estadual de SP. Publicou dois livros: um de poesias, Desejos da Alma. e um de contos e crônicas, A Oferenda. Curte blues, heavy metal, hard rock e seus vários subgêneros.

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