Vinnie Vincent é louco e seu estilo de tocar no Invasion é um lixo, diz Carmine Appice

Baterista tentou trabalhar com ex-guitarrista do Kiss em sua recente volta aos holofotes, mas encontrou problemas

Carmine Appice não tem boas lembranças de sua recente tentativa de trabalhar com Vinnie Vincent.

Os dois tocariam juntos nos shows de retorno do guitarrista após anos longe dos holofotes – Tony Franklin se encarregaria do baixo, em uma reunião da cozinha do Blue Murder. Como não é incomum na carreira do ex-Kiss, tudo foi cancelado de uma hora para a outra, com novo sumiço sem maiores explicações.

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Durante participação no podcast White Line Fever, transcrita pelo BraveWords, o baterista foi perguntado sobre o colega guitarrista. Na resposta, não economizou.

“Vinnie é louco, é tudo que posso dizer. Grande talento, grande compositor, grande músico. Até que passou a fazer os próprios álbuns e se tornou um lixo, o tempo todo querendo ser Yngwie Malmsteen. Antes, quando tocava um heavy blues rock, ele era incrível.”

Appice diz que antes de Vincent entrar para o Kiss, Paul Stanley e Gene Simmons perguntaram a ele sobre seus “antecedentes”. O baterista não recomendou que o guitarrista fosse contratado, pois ele era “problemático”.

Mesmo na atualidade, os empecilhos na relação com Vincent continuaram, quando houve a tentativa de tocarem juntos em um evento para fãs de Kiss.

“O promotor antecipou um valor a todos, antecipou a Vinnie muito mais do que aos outros. Aos poucos, as coisas começaram a ficar estranhas de novo. Depois, Vinnie cancelou os shows. Ferrou o promotor. Fui amigável com o cara, disse que devolveria, mas ele disse que não precisava, devido ao tempo que Tony e eu gastamos. Desde então, não tive notícias de Vinnie. Agora, ele está fazendo shows para idiotas. Compra uma guitarra por 150 dólares, assina e vende por 5 mil dólares. E as pessoas compram.”

Vinnie Vincent após o Kiss

Após deixar o Kiss, em 1984, Vinnie Vincent lançou dois discos com o Vinnie Vincent Invasion. Nos anos 1990 ainda disponibilizou o EP “Euphoria”. Todos esses trabalhos tinham como mote principal o hard rock/metal virtuoso, com altas doses de exibicionismo do guitarrista.

Em anos recentes, o guitarrista realizou suas primeiras aparições públicas após mais de duas décadas. Por hora, elas se resumem a convenções de fãs e apresentações privadas.

Houve um ensaio de reaproximação com Gene Simmons, mas após Vincent tentar registrar a marca Vinnie Vincent’s Kiss, a coisa parece ter voltado à estaca zero nas relações. Durante sessão de perguntas e respostas com fãs em Adelaide, Austrália, o baixista e vocalista comentou a situação.

“Existe algo chamado ‘mecanismo de falha clássico’, médicos já me explicaram. Há pessoas que não conseguem lidar com as coisas quando elas estão indo bem, tomam decisões estúpidas para se certificar de que não terão sucesso. Vinnie é um cara ótimo, muito talentoso. Mas, no meu ponto de vista, também é seu próprio pior inimigo.”

Já Paul Stanley foi ainda mais enfático em entrevista à Guitar World no ano de 2019, ao ser questionado sobre participações de antigos membros do Kiss na “End of the Road Tour”.

“Adoraria que todos pudessem subir ao palco ao menos uma noite. A exceção é Vinnie Vincent. Não é alguém que desejo celebrar e tenho meus motivos para pensar assim.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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