O Armored Dawn deixou oficialmente o line-up do Knotfest Brasil. A informação, divulgada inicialmente pelo jornalista José Norberto Flesch, foi confirmada pela organização do festival na noite desta quarta-feira (29).
Um breve comunicado foi divulgado pelos organizadores do festival apenas para noticiar que o Armored Dawn não tocará mais no evento. A causa não foi anunciada, mas a situação está claramente ligada ao vocalista da banda, Eduardo Parrillo, que também é médico e co-fundador da Prevent Senior, empresa de assistência médica que é investigada na CPI da Pandemia.
A nota, divulgada pela organização do Knotfest Brasil nas redes sociais e enviada também à reportagem após solicitação de posicionamento, diz:
“O Knotfest Brasil comunica que a banda brasileira Armored Dawn não fará mais parte do line up do festival a ser realizado em dezembro de 2022.”
Até o momento, o Armored Dawn não se pronunciou sobre o caso. Site e redes sociais da banda estão fora do ar.
Além de Eduardo Parrillo, que assina como Eduardo Parras em suas atividades artísticas – ele também canta na banda Doctor Pheabes, junto do irmão, o guitarrista e administrador Fernando Parrillo, com quem fundou a Prevent Senior -, o Armored Dawn conta com os guitarristas Tiago de Moura, Timo Kaarkoski e Heros Trench (Korzus), o baterista Rodrigo Oliveira (Korzus), o baixista Fernando Quesada (ex-Shaman, ex-Noturnall) e o tecladista Rafael Agostino.
O Knotfest Brasil está marcado para acontecer no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, no dia 18 de dezembro de 2022, após ter sido adiado anteriormente. O line-up traz as bandas Slipknot, Bring Me the Horizon, Mr. Bungle, Trivium, Sepultura, Motionless in White, Vended e Project46, além de uma atração surpresa ainda a ser anunciada. Não foi revelado se o Armored Dawn será substituído por outro artista.
Armored Dawn, Prevent Senior e CPI da Pandemia
A Prevent Senior, de Eduardo Parrillo, é investigada na CPI da Pandemia em decorrência de várias acusações feitas por médicos que trabalhavam na operadora. Em um dossiê entregue às autoridades, os profissionais afirmam que a empresa fraudou atestados de óbito e prontuários médicos para ocultar mortes de pacientes com Covid-19.
Além disso, a corporação é acusada de orientar profissionais a utilizar remédios do chamado tratamento precoce, como hidroxicloroquina, que não têm eficácia comprovada no combate à doença. Há, ainda, a alegação de que a operadora teria realizado experimentos em pacientes sem autorização de famílias e autoridades. O envolvimento do governo federal, especificamente do Ministério da Saúde, é considerado na investigação dessas ações.