A vacina contra a Covid-19 criada pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, está sendo aplicada em milhões de pessoas em todo o mundo. O guitarrista Eric Clapton foi um desses imunizados, mas relatou diversos efeitos colaterais e ainda criticou a “propaganda da mídia” por dizer que a injeção é segura para todos.
O músico falou sobre o assunto em uma carta publicada por Robin Monotti, ativista negacionista da pandemia, com trechos divulgados pela Rolling Stone. Inicialmente, ele relatou que a primeira dose da vacina lhe trouxe “reações severas”.
“Tomei a primeira dose da AstraZeneca e logo em seguida tive reações severas que duraram dez dias. Me recuperei e fui avisado de que seriam 12 semanas antes da segunda (dose). Cerca de seis semanas mais tarde, me foi oferecida a segunda dose da AstraZeneca e eu tomei, mas com um pouco mais de conhecimento dos riscos.”
De acordo com Clapton, as reações da segunda dose foram ainda mais intensas.
“Não preciso dizer que as reações foram desastrosas, minhas mãos e pés estavam ou congelando, ou adormecidos ou queimando, praticamente inutilizados por duas semanas, tive medo de nunca tocar guitarra de novo (eu sofro de neuropatia periférica e jamais deveria ter chegado perto da agulha). Mas a propaganda disse que a vacina era segura para todos…”
Na continuação da carta, publicada por Monotti no Telegram, o guitarrista ainda fez elogios a negacionistas e criadores de conteúdo que se posicionam contra as medidas de segurança, as vacinas e o isolamento social.
Vale lembrar que, ainda em 2020, Eric Clapton deixou clara a sua posição a respeito das medidas de segurança adotadas no combate à pandemia ao participar da música “Stand and Deliver”, lançada por Van Morrison. A letra da composição é uma verdadeira declaração contra o isolamento social, recomendado por especialistas para evitar o contágio por Covid-19.
O perigo citado por Eric Clapton é real?
A experiência de Eric Clapton com a vacina da AstraZeneca vem sendo observada em alguns raríssimos pacientes. O efeito colateral descrito pelo músico tem relação com um tipo específico de trombose, causado pela diminuição de plaquetas no sangue, ao contrário da trombose comum.
Em entrevista ao Uol, Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), explicou sobre a segurança da vacina de Oxford e a reação adversa relata pelo guitarrista:
“A segurança das vacinas contra o coronavírus é semelhante às outras vacinas com as quais estamos acostumados. Sempre existem riscos, mas os benefícios, o número de mortes que serão evitadas, superam o número de eventos adversos relatados até aqui.”
* Foto da matéria: Raph_PH / Wikimedia / CC BY-2.0
Abro a notícia pra fazer uma leitura sobre a vacina da COVID e durante todo o texto, um link para uma matéria sobre um possível caso de racismo do Eric Clapton!
Desrespeitosa e criminosa a indução de lançar por terra o depoimento de uma pessoa importante e conhecida por todo o mundo.
Cada dia a mais, vou perdendo a vontade de lutar pela humanidade.
Oi Elaine, tudo bem? Não é um “possível” caso de racismo: é um caso de racismo, que ele mesmo admitiu e se retratou, dizendo sentir vergonha daquilo.
De qualquer forma, os links dessas matérias são inseridos automaticamente, porque foram os dois posts mais acessados sobre Eric Clapton no site.